País
Após a eleição, PMDB busca unidade e novo bloco pode ser criado
Jucá atribuiu a candidatura de Luiz Henrique a uma tentativa “legítima” de a oposição marcar sua posição política. Mas que não poderia ser interpretada como uma insatisfação com a presidência de Renan.
Não é o que pensa o senador José Agripino (DEM-RN), que trabalhou pela vitória de Luiz Henrique na liderança do Democratas.
Novo Bloco
Como fato novo após a eleição, surgiu a possibilidade – real, segundo o senador Benedito de Lira (AL), líder do PP – de ser formado um bloco independente, formado por PP, PSB e PPS. Na última legislatura, apesar de algumas reclamações pontuais, o PP predominantemente votou como a base governista. O PSB, como teve candidato próprio à presidência da República, distanciou-se do Planalto e no fim teceu duras críticas a Dilma ao apoiar Aécio. O PPS, agora representado no Senado por José Medeiros (MT), tem sido oposição ao governo federal e também apoiou Aécio nas últimas eleições.
Ao todo, o bloco contaria com 12 senadores do total de 81: cinco do PP, seis do PSB e 1 do PPS.
Se, para a base, o surgimento do bloco independente pode ser desconfortável, para a oposição também não é o ideal, porque alguns cogitavam ter esses partidos formando uma oposição mais encorpada. Mas Agripino admite que era de se esperar uma formação como essa.
- As formações de blocos obedecem muitas vezes à necessidade de as pessoas se juntarem em busca de participação física em comissões, titularidade ou presidência de comissões. Talvez seja esse o objetivo – explicou.
Mesa
Mesmo com o novo bloco, a formação da Mesa Diretora deve continuar bem parecida com a anterior, pelo menos nos cargos-chave. Como Renan, os dois vice-presidentes da Casa devem ser reeleitos nesta terça-feira: Jorge Viana (PT-AC), primeiro vice-presidente, e Romero Jucá, na segunda vice-presidência.
A primeira secretaria deve ser destinada ao PSDB, que atualmente considera dois nomes: Lúcia Vânia (GO) e Paulo Bauer (SC). A quarta também deve ser destinada ao PT, que continuará com a indicação de Ângela Portela (RR).
Até o final da semana também devem acontecer as indicações dos partidos para as presidências das 12 comissões permanentes do Senado. As mais disputadas são a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que devem ficar como o PMDB e o PT, legenda que vai também lutar pela Comissão de Direitos Humanos. Já a presidência da terceira comissão a ser escolhida deve ser reivindicada pelo PSDB.
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