sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Dilma aposta em defesa com tom 'autoral' e busca registro histórico

E, mais do que isso, a presidente busca um "registro histórico", diante de um cenário difícil de ser revestido por ela


POLÍTICA INSPIRAÇÃOHÁ 1 HORA
POR NOTÍCIAS AO MINUTO

Em sua última defesa no julgamento do Senado, Dilma Rousseff planeja fazer um discurso de cunho pessoal. A seu favor, a presidente afastada dirá que o processo de impeachment foi criado de maneira artificial para tirá-la do cargo após "vingança" e "chantagem" do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O pronunciamento de Dilma está marcado para a próxima segunda (29) no plenário do Senado para se defender das acusações de crime de responsabilidade fiscal. O discurso ainda não fechado e deve contar a ajuda do ex-presidente Lula para sua construção.
Segundo auxiliares, Dilma é extremamente atenta aos detalhes, estuda todas as citação até a última vírgula e tem lido textos do período do ex-presidente Getúlio Vargas para se inspirar na redação do discurso.
A ideia é fazer fala menos jurídica e técnica e apostar em trechos autorais e emocionais sobre sua trajetória na "luta pela democracia". Dilma quer reforçar a tese de que o processo está sendo realizado contra a Constituição e enumerar os efeitos do que chama de "golpe" nas esferas política, social e econômica do país, segundo informa a Folha de S.Paulo.
Um auxiliar de Dilma disse à Folha que ela está determinada a fazer de sua fala um "momento de impacto", em busca do apoio dos senadores. E, mais do que isso, a presidente busca um "registro histórico", diante de um cenário difícil de ser revestido por ela.
Os argumentos para justificar sua inocência serão os mesmos ecoados por sua defesa: não cometeu crime de responsabilidade fiscal e o processo foi "marcado" pelo "desvio de poder" de Cunha, responsável por conduzir o impeachment na Câmara.

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