Até então, presidente do Senado tinha evitado se posicionar sobre o tema.
Ele disse ainda que Temer tem condições de administrar 'crise nacional'.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta sexta-feira (26) que, na hipótese de a presidente afastada Dilma Rousseffser cassada definitivamente no julgamento do impeachment, ajudará o presidente em exercício Michel Temer como diz ter ajudado a petista.
"Vou ajudar Michel como ajudei Dilma. Já discutimos [ele e Temer], mas temos mais convergências que divergências. O Michel é um quadro que sempre demonstrou muita habilidade com o Legislativo, foi três vezes presidente da Câmara. Mais que qualquer um, ele tem condições para administrar a complexidade da crise nacional", disse Calheiros.
Até então, o presidente do Senado evitava se posicionar sobre o resultado do processo. Ele ainda não anunciou se votará no julgamento final, previsto para terça.
Questionado sobre a mudança de postura, já que a fala poderia ser interpretada como se o impeachment já estivesse consumado, Renan Calheiros disse que mantém um "carinho enorme" por Dilma e que não pretendia antecipar resultados.
"Quando há convergência de impopularidade com perda de apoio, com crise política, fica inadmistrável. [...] O meu maior ativo é justamente não decidir, deixar que as pessoas pensem. Em nove meses, eu consegui manter essa posição", disse.
Nos últimos dias, sempre que questionado sobre como votaria no processo, Renan desconversou. Ele tem reiterado que, como presidente do Senado, agirá com "isenção" e "equilíbrio".
A mudança de postura ocorre em um momento de aproximação entre Temer e Renan. O presidente em exercício, inclusive, convidou o presidente do Senado a acompanhá-lo na viagem que deve fazer à China para a cúpula do G20, na próxima semana.
Temer, porém, condicionou a confirmação da sua ida ao país asiático ao desfecho desfavorável a Dilma no processo de impeachment no Senado
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