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TEN POLIGLOTA 2012 - PMDF - CBMDF |
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Posted: 07 Feb 2016 02:07 PM PST
Lendo o noticiário fico sabendo que, na tarde do dia 05.02.2014, um policial militar do Distrito Federal faleceu após capotagem na BR-070, entre Ceilândia-DF e Águas Lindas-GO. A viatura em que ele estava rodou na pista e bateu em um poste, durante uma perseguição a um automóvel roubado; repousando em seguida no canteiro central da via.
Indignado, mas não surpreso, infelizmente leio em grupos sociais que pessoas passando pela rodovia, nos transportes coletivos, comemoraram o óbito de um herói. Lamentável, porque o sangue que ali foi derramado trabalhava na defesa destas mesmas pessoas.
Então, fiz uma repentina analogia com ser policial neste país estar em pé de igualdade em ser tratador de animais selvagens; você deve esperar sempre alguma hostilidade. Quase sempre as pessoas são aliadas dos bandidos que as subjugam; principalmente nas periferias, áreas de favelas e redutos dominados pela falta de conhecimento e cultura.
E essa glamorização do crime está cantada em verso e prosa nas novelas da Rede Globo e nos noticiários policiais; horário nobre ou programas vespertinos que se dedicam em ser a base instrutiva de um malfadado povo brasileiro. Daí se explica a falta de respeito e, inclusive, a ingratidão do populacho que, abandonados pelo Estado, às vezes só tem a polícia para lhes prestar algum socorro; todavia são incapazes de raciocinar sobre isso.
Ingratidão da sociedade e, também, de uma mídia carniceira interessada somente na veiculação das desgraças alheias, menos se importando com qualquer vitupério que possa transmitir. Junte-se aos iníquos transeuntes o protesto de um jornalista da Rede Globo, apresentador do DFTV, o qual alegou excesso de recursos públicos no atendimento, arguindo que tudo se dava “porque um PM morreu no acidente”. Agindo assim, não só menosprezou a trágica morte de “um PM”, mas de um homem e policial honrado, deixando patente na sua expressividade uma idéia de soberania oligarca que, assim como tantos, menospreza o falecimento de policiais porque ainda nutre deturpado e arcaico comportamento, fomentado em todo o território brasileiro, de que a função policial é casta social em plano inferior.
Inquietante e não ver esse mesmo jornalista, com seus iguais, rechaçar com similar cobrança o uso de luxuosos sedãs executivos, cercado de vários batedores, nas ruas de Brasília num frenesi de sirenes e luzes inúteis. Carrões e combustíveis pagos com o dinheiro dos nossos impostos, transportando corruptos inservíveis à nação, fechando o trânsito e importunando dignos trabalhadores. Circo institucional montado somente para que deputados, senadores ou ministros sejam lá do que, possam ter privilégios de exclusividade no direito de se locomoverem livremente pelas vias; impossibilidade para contribuintes que custeiam os próprios veículos, mas ficam longo tempo parados nos engarrafamentos. Também não se reclama do transporte de presos aos tribunais, em onerosa procissão de viaturas, somente porque é cômodo para o teatral judiciário não se deslocar aos presídios ou ouvi-los por teleconferência. Gastos? Vamos mesmo falar de gastos? Então que se fale dos bilhões “roubados” do nosso país com a aquiescência de jornalistas chapa branca; os aduladores que rodeiam gatunos políticos em busca de algum selfie!
Errado está a patuleia ininteligível e envilecida, bem como o adestrado jornalista. Assim como todo o grosso da sociedade ao qual podemos somar “nobres” líderes governantes. Policiais são heróis nas mais evoluídas sociedades do mundo mas no Brasil, principalmente, deveriam assim serem reconhecidos.
Os nossos policiais são mais que heróis porque se dedicam à faina de executarem funções penosas, mesmo perseguidos por alegados direitos humanos, parlamentares oportunistas, ONG'S pró-bandidos, promotores sectaristas e por um judiciário inimigo e detrator, com tibieza na aplicação das leis, mais aliado aos formadores de opiniões contrárias; assim como o citado e aleivoso jornalista.
Todos covardes! Zombam e apontam seus dedos sujos refestelados em palacetes revestidos com o brilho do granito e aclimatados no ar condicionado; com seus escusos acordos de escaninho fomentando sempre altos salários. Enquanto isso, unidades policiais e quartéis padecem por falta de recursos humanos, materiais e estruturais. Todavia, mesmo com viaturas sucateadas, armamento arcaico e condições de trabalho aviltantes, policiais se esforçam contra qualquer vicissitude para manter bandidos distantes das imediações dos familiares de zombeteira elite; residentes nos seus refúgios de luxo. Mas nós sabemos o valor do policial que veio a óbito e o quanto a sociedade perdeu com a sua extinção.
Este é o espírito de repúdio que se abate entre homens e mulheres policiais que se dedicam a protegerem infelizes “cidadãos”; pessoas que aplaudiram e comemoraram a morte do policial na rodovia. Zumbis vilipendiados nos seus direitos básicos por um Estado corrupto e mal gerido e, por isso mesmo, incapazes de reconhecer o verdadeiro e importante papel da polícia nas suas pobres vidas. Única instituição em que podem se socorrer, mesmo nas mais longínquas periferias.
Mas, como contrapartida, vi também uma bela demonstração de irmandade e respeito, dos segmentos da segurança pública, no cortejo com o féretro e no sepultamento deste trabalhador, cidadão e defensor da sociedade. Pena que este aprendizado tenha vindo por embaraçadas lições, como imitação dos valores americanos (no exemplo dado a nós por conta da morte do policial civil Dentinho em solo ianque) mas, principalmente, como revide do comentário desafortunado e preconceituoso de um apresentador de telejornal.
Faço votos que, de agora em diante, as instituições policiais tenham aprendido a lição e assim aja com todo policial morto em combate; para que recebam merecidas honrarias. É o mínimo de gratidão e retribuição que um guerreiro e defensor da sociedade merece.
E uma nova visão podemos ter com o estúpido comportamento dos escarnecedores e o comentário indigno do jornalista. Há a necessidade de repensarmos os nossos valores sociais para divisarmos aonde esta sociedade, com pérfidas idéias, deseja chegar. Acredito nisto porque basta olharmos o caminho que ora trilhamos e não será difícil concluir que o caos é o nosso destino.
Neste aspecto, com tanta ignomínia da parte destas pessoas que não reconhecem o trabalho policial, além de um recalcado telejornalismo, malicioso e indutivo, talvez pudéssemos parafrasear Jesus Cristo alegando apenas a ignorância dos difamadores. Contudo vejo diferente, porque estas pessoas são conscientes e "sabem o que fazem".
A sociedade precisa entender que polícia protege a todos nós cidadãos e devemos valorizá-la, independente de estarmos ou não em uma instituição policial. E que, policiais ou não, o interesse público e o bem estar social é o que nos move como um só corpo social; o mesmo interesse existente em cada indivíduo que carrega em si a chama da honestidade, na busca pelo conforto e melhoria de vida de seus familiares. Façamos assim doravante!
Desejamos respeito por parte dos governantes e, individualmente, cobramos isso da própria sociedade, mas, há muito, temos esquecido que este respeito deve primeiro partir de nós mesmos.
Meus sentimentos aos companheiros, amigos e familiares deste herói que bravamente serviu a sociedade, a despeito de qualquer ingratidão, e só encontrou justiça entre os seus pares. Descanse em paz.
Texto de um amigo Agente PCDF aposentado, reservando os direitos à preservação da identidade, via WhatsApp.
Título adaptado
Aguiasemrumo: "Por Soldado Atlas
Era uma vez uma Polícia onde os homens mais capazes, mais
audazes, valorosos e que reuniam todas as virtudes que se espera de um Policial
cansaram, lutaram, gritaram, imploraram e por fim faleceram.
Aqueles que tinham propósito claro de que vale a pena
trabalhar para garantir a vida, a propriedade e a liberdade dos cidadãos de sua
cidade, desapareceram, não suportaram entregar suas vidas para um ideal, quando
os meios que lhes são oferecidos para servir são justamente os mesmo que servem
para ceifar suas vidas.
De uma vez por todas se uniram, cansaram de observar meia
dúzia de parasitas sugarem milhões de reais para realizar a manutenção de
viaturas que nunca foram feitos, enquanto reuniam farelos de seus suados
salários para consertá-las.
Seus corpos estão em hospitais, salas de cirurgias, UTI,
caixões, o dos parasitas, provavelmente se regozijando em um alto cargo do
Governo, cujos os vencimentos são duramente pagos com nosso suor, lágrimas e
sangue.
Somente o trauma coletivo gera união e nos parece que só a
violência vai gerar a compreensão necessária a sociedade que os Policiais
Militares dessa cidade não vão mais aceitar trabalhar de graça em escalas
extras, não vão mais sair as ruas com viaturas sem condições, com coletes vencidos.
Nenhum PM dessa cidade vai aceitar trabalhar dezenas de anos
e ter somente uma mísera promoção, com soldos sendo corrigidos pelo salário
mínimo."
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