Maioria contrária à interrupção da gravidez são mulheres com baixa escolaridade
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A maioria dos brasileiros considera que as mulheres infectadas pelo vírus da zika não deveriam ter direito ao aborto. De acordo com pesquisa Datafolha, 58% das pessoas questionadas avaliam que as grávidas que tiveram zika não podem ter a opção de interromper a gravidez, contra 32% que defendem esse direito.
O posicionamento contrário ocorre mesmo nos casos em que a microcefalia já foi comprovada durante a gestação. Nesse panorama, 51% da população se posiciona contrária ao direito de interromper a gravidez, contra 39% a favor.
Esse direito no caso de bebês com a má-formação comprovada tem a defesa entre brasileiros com escolaridade superior ou com renda familiar acima de cinco salários mínimos.
O vírus da zika em gestantes tem sido associado ao aumento de casos de má-formação no cérebro de recém-nascidos e levou a OMS (Organização Mundial da Saúde) a decretar emergência mundial.
No Brasil já foram notificados 5.640 casos de microcefalia desde outubro de 2014, sendo que 4.107 deles permanecem em investigação. Ao todo já foram confirmados 583 casos, com mais de 90% das ocorrências no Nordeste.
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