Por Roberta Rampton e Ben Hirschler
WASHINGTON/LONDRES (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai pedir ao Congresso do país de 1,8 bilhão de dólares em fundos de emergência para combater o Zika em casa e no exterior, além de buscar uma vacina, disse a Casa Branca nesta segunda-feira, mas Obama também afirmou que não há motivo para pânico com o mosquito transmissor do vírus.
O Zika, que vem se espalhando rapidamente nas Américas do Sul e Central e no Caribe, tem sido associado a grave má-formação em bebês no Brasil. Com isso, a preocupação dos que trabalham com saúde pública se foca em mulheres grávidas ou que podem a vir engravidar.
O pedido de Obama ao Congresso inclui 200 milhões de dólares para pesquisa, desenvolvimento e comercialização de novas vacinas e testes de diagnóstico para o vírus.
"A boa notícia é que isto não é como Ebola, as pessoas não morrem de Zika. Um monte de pessoas pode pegar o vírus e nem sequer sabem que o têm", disse Obama em entrevista à CBS News, transmitida nesta segunda-feira.
"Mas não deve haver pânico sobre isso. Não é algo que irá matar as pessoas. É algo que temos de levar a sério."
Em uma entrevista separada da Casa Branca nesta segunda-feira, o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, disse que não estava esperando uma contaminação pelo Zika em larga escala no território continental dos Estados Unidos.
Em relação ao desenvolvimento de uma vacina, Fauci disse que os primeiros passos estão sendo tomados, mas que autoridades de saúde acreditam ser "improvável ter uma vacina que seja amplamente disponível dentro de alguns anos".
Os cientistas estão trabalhando para descobrir se existe uma relação de causalidade entre o Zika e recém-nascidos com microcefalia. A pesquisa começou logo após o aumento significativo de casos de má-formação cerebral no ano passado no Brasil, ao mesmo tempo em que a infecção pelo vírus aumentou.
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