A Casa voltou às atividades em 2 de fevereiro, uma terça, mas na sexta-feira pré-folia (5) já quase não havia movimentação no parlamento. Este ano, nenhuma votação foi feita em plenário
O carnaval acabou, certo? Para a maioria dos brasiliense sim, mas os deputados distritais conseguiram esticar a folia um pouquinho. A quarta-feira de cinzas (10/2) foi mais um dia de marasmo na Câmara Legislativa e, embora esteja prevista sessão para esta quinta-feira (11), não deve haver votações. Desde o início do ano, nada foi votado na Casa, e Vossas Excelências trabalharam apenas quatro dias — de 2 de fevereiro, uma terça-feira, até o dia 5, a sexta pré-feriadão. Sabe quanto a pacata rotina na CLDF já custou ao brasiliense este ano? A bagatela de R$ 55,9 milhões.
Segundo dados do Sistema Integrado de Gestão Governamental do DF (Siggo), a previsão é de que, em 2016, a Câmara Legislativa tenha despesa de R$ 487.374.744,00, entre gastos com pessoal, despesas correntes e investimentos. Levando em conta esse valor dividido pelos 366 dias deste ano bissexto, são R$ 1.331.624,98 por dia. Ou seja, de 1º de janeiro até esta quinta (11), o contribuinte brasiliense pagou R$ 55.928.249,31.
Projetos polêmicos em discussãoA presidente da Casa, Celina Leão (PDT), explicou que os deputados não votaram nada na semana passada porque não havia projetos emergenciais. Mas o ritmo hoje e na sexta-feira (12) deve ser mantido. Os deputados pretendem apenas analisar projetos. Entre as propostas que devem entrar na pauta de discussões estão a Lei do Silêncio e a regulamentação do Uber, no entanto, ainda sem data para irem a plenário.
A lentidão com que a Casa deve esquentar os motores deve evitar acidentes com o GDF nestas primeiras semanas pós-carnaval. Celina acredita que 2016 será mais tranquilo na relação da Câmara Legislativa com o Executivo, depois de um primeiro ano de mandato tumultuado entre o governo local e o parlamento.
“Esperamos que o GDF tenha equilibrado os cofres para que não tenhamos debates por conta de projetos com aumento de impostos. Claro que o governo tem a legitimidade de mandar, mas a Câmara também tem a legitimidade de reprovar, se achar necessário”, ressaltou.
Até agora, o GDF também não mandou qualquer projeto para análise dos distritais. De acordo com a Casa Civil, as propostas estão sendo organizadas internamente entre o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e os secretários. Só depois serão encaminhadas à Câmara. Como Rollemberg embarcou nesta quarta (10) para Aracaju com a mulher, a mãe e a neta e só volta na segunda-feira (15), os deputados só devem começar a receber projetos do Executivo na próxima semana.
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