O ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), determinou, nesta sexta-feira (21), que a Procuradoria-Geral da República inicie investigações sobre o financiamento da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, há “vários indicativos” de que a campanha teria sido financiada com recursos advindos de propina desviada da Petrobras.
Entre os elementos da Operação Lava Jato utilizados pelo ministro está o trecho da delação premiada de Ricardo Pessoa. Em depoimento, Pessoa afirma ter doado R$ 7,5 milhões do esquema de corrupção para a campanha de Dilma Rousseff em 2014.
Empresas sob suspeita de participar do esquema doaram R$ 172 milhões ao PT entre 2010 e 2014, segundo informações somadas pelos técnicos do TSE. O ministro aponta que parte destes valores suspeitos foram transferidos para a contabilidade da campanha de Dilma.
Segundo o despacho, "durante a campanha presidencial, além das doações (...) repassadas pelo partido político, a candidata recebeu expressivas doações das empresas investigadas, no valor total de R$ 47,5 milhões".
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