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Posted: 24 Aug 2015 05:50 AM PDT
Dois moradores desapareceram em 1998 durante ação de derrubada na área. Julgamento começa nesta segunda e deve se estenda até sexta-feira.
O Tribunal do Júri de Brasília começa a julgar nesta segunda-feira (24) 11 policiais militares suspeitos de envolvimento em dois homicídios e uma tentativa de homicídio durante a Operação Tornado, para desocupação da Estrutural, em 1998. A previsão é que o julgamento se estenda até sexta-feira (28). Todos os suspeitos estão aposentados.
O conflito entre a Polícia Militar e moradores da Estrutural começou em 1996 com o processo de desocupação da área invadida. Na época, moradores resistiram às ordens do governo de desocupar a região. Foram três anos de conflitos e uma série de problemas. Vários barracos foram derrubados.
Em 1998, a situação piorou depois que o policial militar Rubens Gomes de Faria foi morto por um tiro. As ações da polícia que eram oficiais, ganharam reforço de outras operações à paisana. Em uma dessas ações, Roberto José e o filho desapareceram. Uma imagem deles acompanhados de policiais chegou a ser feita durante uma reportagem. O comando da Polícia Militar reconheceu a irregularidade da ação a paisana na época.
Entre as testemunhas, estará Roberto José dos Reis Filho, conhecido como Azul. Durante a operação, ele foi baleado e deixado em um matagal em Sobradinho. O morador passou a ser protegido pelo Ministério Público.
Memória
No dia 6 de agosto de 1998, durante uma operação da Polícia Militar, o soldado Rubens Gomes de Faria, 32 anos, foi atingido por disparo de arma de fogo e morreu na Estrutural. Dois dias depois, a PM fez operações na área. Segundo o advogado Ennio Ferreira Bastos, a polícia alegou que era uma operação de desarmamento e pela proximidade do lixo, mas a ação também promoveu derrubada de barracos. "Essa operação de desarmamento foi uma desculpa para começar a retirada dos moradores", afirma Ennio.
Cenário político em 1998
Governador do Distrito Federal em 1998, Cristovam Buarque tinha tudo para se eleger na época. Dono de uma grande popularidade nas cidades satélites, o atual senador, no entanto, perdeu para o candidato Joaquim Roriz no mesmo ano. Naquela altura, as imagens das ações policiais na Estrutural já tinham ganhado força em todo o DF.
O que diz o senador Cristovam Buarque
Questionado a respeito da Operação Tornado, o senador Cristovam Buarque confirmou que não vai poder comparecer ao julgamento dos policiais.
Ele destacou que espera a decisão da Justiça sobre o caso. "Vamos aguardar o que a Justiça tem a dizer. Quem é culpado tem que pagar pelo o que cometeu", afirma o senador, alegando que "a Operação Tornado não teve nada a ver com o governo". Segundo Cristovam, a operação era uma ação "paralela".
Fonte: G1 DF e Jornal de Brasília
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