Após o Governo entregar ao Congresso a proposta de Orçamento da União de 2016, a presidente Dilma reuniu líderes da base aliada na Câmara e pediu ajuda na construção de "saídas para o rombo fiscal" de R$ 30,5 bilhões.
A presidente fez um apelo aos parlamentares e pediu que estes apresentem medidas de aumento para a arrecadação do Governo. Após repercussão negativa, Dilma desistiu de recriar a CPMF e pretende dividir o ônus do possível surgimento de novos tributos com o Legislativo.
Segundo Barbosa, o Governo atuará para o controle de gastos obrigatórios da União, mas a criação de novos tributos deve ser discutida pelos parlamentares.
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, entregou nesta segunda-feira (31) ao presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o projeto do Orçamento de 2016. Segundo o ministério, esta é a primeira vez na história que o projeto tem previsão de déficit.
Segundo o deputado Ricardo Barros (PP-PR), relator do Orçamento para o ano que vem, a proposta foi entregue com previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões, o que representa 0,5% do PIB.
Não entraram na peça orçamentária a criação de um novo imposto para financiamento da saúde, nos mesmos moldes da CPMF. Segundo cálculos do Governo, a arrecadação com o tributo seria de cerca de R$ 85 bilhões por ano.
O Orçamento do ano que vem traz previsão de crescimento econômico de 0,2%. A inflação, estimada pelo Governo no texto, é de 5,4% e o salário mínimo previsto é de R$ 865,50.
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