segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Bolsas da Europa perdem € 450 bilhões em valor de mercado Mercados têm maior perda diária desde 2008. Na mínima da sessão, FTSEurofirst caiu 7,8%.

Reuters
24/08/2015 14h49 - Atualizado em 24/08/2015 15h02

Bolsas da Europa perdem € 450 bilhões em valor de mercado

Mercados têm maior perda diária desde 2008.
Na mínima da sessão, FTSEurofirst caiu 7,8%.

Da Reuters
O principal índice europeu de ações despencou nesta segunda-feira (24) após os mercados chineses desabarem, reduzindo em bilhões de euros seu valor de mercado e atingindo a mínima em sete meses.
O índice chegou a cair 7,8% durante a sessão, maior queda intradia desde outubro de 2008, pouco depois da falência do banco de investimentos norte-americano Lehman Brothers. O termômetro fechou acima das mínimas mas permaneceu em vias de marcar a pior queda mensal desde 2002. Seu valor de mercado diminuiu em mais de um trilhão de euros desde o início do mês.O índice FTSEurofirst 300 fechou com queda de 5,44%, a 1.349 pontos e perdeu cerca de € 450 bilhões (521,42 bilhões de dólares) em valor de mercado -- pior performance de fechamento desde novembro de 2008.
As bolsas chinesas despencaram mais de 8% nesta segunda-feira, em sua maior perda diária desde o início da crise financeira global em 2007, após Pequim não anunciar grandes medidas de estímulo no fim de semana, mesmo após tombo de 11% na semana passada.
Em Londres, o índice Financial Times recuou 4,67%, a 5.898 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 4,70%, a 96.648 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 5,35%, a 4.383 pontos. Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 5,96%, a 20.450 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrou baixa de 5,01%, a 97.756 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 5,80%, a 4.981 pontos.
Estados Unidos
As bolsas nos Estados Unidos protagonizavam uma dramática recuperação após as mínimas desta segunda-feira, ajudadas por uma recuperação nas ações da Apple, mas os principais índices acionários permaneciam em território de correção ou perto dele, em meio a receios sobre a desaceleração do crescimento da China.
O Dow Jones chegou a perder mais de 1 mil pontos nesta sessão, a maior perda em pontos de sua história. O Dow Jones nunca tinha caído mais de 800 pontos em um dia.
Às 13h45 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,7%, a 16.329 pontos, com os investidores em busca de barganhas. O S&P 500 recuava 1%, a 1.950 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq operava em baixa de 0,43%, a 4.685 pontos.
"Os fundamentos dos EUA são fortes, e assim como a confiança pode ir embora, ela pode voltar rapidamente se os fundamentos são sólidos", disse o diretor de investimentos da Commonwealth Financial Network, Brad McMillan.
"Investidores estão começando a olhar as coisas racionalmente e ver que as coisas não estão tão ruins e começando a comprar ações como as da Apple."
As ações da Apple, que chegaram a cair 13%, reverteram o rumo e subiam cerca de 1,9%.
A alta da Apple ajudou os índices Nasdaq e o S&P 500 a voltarem de níveis que os teriam colocado no território de correção. Um índice é considerado em território de correção quando fecha 10% abaixo de sua máxima em 52 semanas.
China
As bolsas asiáticas afundaram nesta segunda-feira, preocupadas com a desaceleração da economia chinesa, apesar dos esforços das autoridades para tentar tranquilizar os investidores.

Xangai liderou a queda. O índice composto da bolsa chinesa caiu 8,49%, a 3.209,91 pontos, depois de perder 9% durante a sessão.

A Bolsa de Shenzhen, a segunda maior da China, registrou queda de 7,70%, a 1.882,46 pontos.

Tóquio registrou baixa de 4,61%. O índice Nikkei perdeu 895,15 pontos. A Bolsa de Sydney perdeu 4,09%, o menor nível em dois anos. O índice S&P/ASX200 cedeu 213,3 pontos.
Taiwan perdeu 4,84% e Seul 2,47% e Hong Kong recuou mais de 5%.

"Não sei se é a perspectiva de um fortalecimento monetário do Federal Reserve ou se é um resfriamento da economia mundial", mas "os investidores tentam se expor menos aos riscos, enquanto os mercados financeiros passaram muito acima com relação à economia real", comentou Jack Ablin, da BMO Private Bank.

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