CAIRO (Reuters) - Um tribunal egípcio condenou três jornalistas de TV Al Jazeera a três anos de prisão neste sábado por trabalharem sem licença de imprensa e por divulgação de material nocivo ao Egito, um caso que provocou um protesto internacional.
A decisão em um novo julgamento foi tomada contra Mohamed Fahmy, um canadense naturalizado que abriu mão de sua cidadania egípcia, Mohamed Baher, um egípcio, e Peter Greste, um australiano que foi deportado em fevereiro.
Defensores de direitos dizem que a prisão faz parte de uma repressão à liberdade de expressão desde que o Exército derrubou o presidente Mohamed Mursi, importante representante da Irmandade Muçulmana, em julho de 2013.
O juiz Hassan Farid disse que os réus "não são jornalistas e não são membros do sindicato de imprensa" e fazem transmissões com equipamento sem licença.
Baher recebeu um adicional de seis meses na prisão. A agência de notícias estatal MENA informou que o tempo extra foi proferido porque ele estava de posse de uma bala no momento da sua prisão.
Os três homens foram originalmente condenados a entre sete a 10 anos de prisão por acusações que incluem disseminar mentiras para ajudar uma organização terrorista, uma referência à Irmandade Muçulmana, que os militares derrubaram do poder há dois anos.
Os três réus negaram todas as acusações, chamando-as de absurdo. Três outros egípcios, todos estudantes, também foram sentenciados a três anos pelas mesmas acusações.
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