Por Priscila Jordão
SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa brasileira acentuou perdas na parte da tarde e fechou em queda nesta sexta-feira, com o mercado repercutindo o resultado fraco do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre e em movimento de ajuste após acumular alta de quase 8 por cento em três dias.
O Ibovespa recuou 1,18 por cento, a 47.153 pontos, encerrando, ainda assim, a semana em alta de 3,14 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 6,9 bilhões de reais.
O índice teve uma sessão volátil nesta sexta-feira, após uma semana conturbada em que caiu forte na segunda-feira, pressionado por preocupações sobre a economia chinesa, avançando nos três pregões seguintes ao pegar carona em um movimento global de recuperação.
"Passamos por um período de queda muito forte, depois de alta muito grande. O mercado está se assentando, o que é normal depois de um período tão turbulento", disse o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora, sobre o pregão desta sexta-feira.
Além de números nada animadores da economia doméstica, a Bovespa reagiu nesta sessão a comentários do vice-chair do Fed, Stanley Fischer, sugerindo que uma alta do juro dos Estados Unidos no mês que vem permanece como uma possibilidade, o que é negativo para os mercados acionários.
Por aqui, o PIB do Brasil contraiu 1,9 por cento no segundo trimestre sobre os três meses anteriores e 2,6 por cento na comparação anual, baixa maior que a esperada pelo mercado.
Nesse contexto de fraqueza econômica, estrategistas do BTG Pactual cortaram suas estimativas consolidadas de lucro para as companhias brasileiras neste ano em 10 por cento contra projeções feitas em abril.
No campo político, parlamentares e empresários criticaram duramente a possibilidade de um retorno da CPMF, proposta que estaria em estudo pelo governo federal.
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