terça-feira, 16 de junho de 2015

Austrália diz que cumpre lei ao deter barcos de migrantes


(Arquivo) Embarcação da Marinha australiana persegue barco suspeito de transportar imigrantes da Indonésia
As autoridades australianas agem dentro da lei ao impedir o acesso de barcos de emigrantes que pedem asilo, reafirmou nesta terça-feira o primeiro-ministro Tony Abbott, após o surgimento de informações sobre o pagamento a um capitão envolvido no tráfico de seres humanos.
O governo se negou a desmentir a versão de que um capitão e cinco tripulantes de um barco com emigrantes foram pagos por um membro da alfândega australiana para seguir rumo ao sudeste asiático.
As autoridades indonésias investigam as acusações feitas à polícia local de que o capitão e a tripulação de um barco que transportava pessoas que pediriam asilo político receberam 5.000 dólares cada de um oficial da imigração australiano para que voltassem.
A embarcação, transportando pessoas de Bangladesh, Mianmar e Sri Lanka, chegou às margens da ilha de Roti, na Indonésia, no final de maio depois de ser supostamente interceptada pela Marinha australiana quando estava a caminho de Nova Zelândia.
Abbott afirmou que a Austrália fará o que "for necessário" para acabar com o tráfico de seres humanos, e disse estar seguro de que os funcionários australianos trabalham dentro da lei.
Informações publicadas nesta terça-feira pela imprensa australiana sugerem que membros da Inteligência realizaram pagamentos a traficantes de seres humanos para manter o emigrantes afastados da Austrália durante ao menos quatro anos, inclusive durante o precedente governo trabalhista.
Canberra endureceu a sua política de imigração desde a chegada ao poder da coalizão conservadora liderada por Abbott, em setembro de 2013, e nega qualquer pedido de asilo de pessoas que chegam de barco no país.

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