Em outubro de 2010, às vésperas da eleição presidencial que levou Dilma Rousseff (PT) ao Planalto, o coordenador da campanha da petista, o ex-ministro Antonio Palocci, seu principal adversário, o hoje senador José Serra (PSDB-SP), e o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, interferiram junto ao BNDES a pedido do empresário Joesley Batista. Essa revelação está em novo anexo entregue na semana passada à Procuradoria-Geral da República (PGR) para complementar sua delação premiada, segundo a GloboNews.
O objetivo da busca por influência política, alega Joesley, seria a liberação de um empréstimo de um bilhão de reais que a empresa de celulose do grupo, a Eldorado, pedia ao banco para a construção de uma fábrica em Mato Grosso do Sul. A negociação teria começado em 2009, quando o então governador do estado, André Puccinelli (PMDB), avisou o empresário de que uma empresa europeia havia desistido da empreitada. Na sequência, informa a emissora, Joesley Batista teria procurado diretamente o então presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para pedir a liberação dos recursos.
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