sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Funaro entrega vídeos de reuniões com políticos do PSDB e PMDB





Políticos do PMDB estão cada vez mais enrolados com a delação do empresário Lúcio Funaro; tido como operador da cúpula do partido, ele entregou à Procuradoria-Geral da República um disco rígido com vídeos gravados em seu escritório, em São Paulo, no qual aparecem políticos e empresários; o material está sendo periciado pela Polícia Federal; a delação de Funaro é um dos pilares da segunda denúncia Michel Temer, acusado de integrar uma organização criminosa; a delação de Funaro também atinge dois dos principais ministros de Temer, Moreira Franco (secretaria-geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil), e pelo menos mais 20 políticos ligados ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)


247 – O operador Lúcio Bolonha Funaro entregou à Procuradoria-Geral da República um disco rígido com vídeos gravados em seu escritório, em São Paulo, no qual aparecem políticos e empresários. O material está sendo periciado pela Polícia Federal, segundo disse ao GLOBO uma fonte ligada ao caso. As imagens devem reforçar as acusações que Funaro fez em sua delação premiada, especialmente contra políticos que hoje tentam minimizar as relações que mantinham com o operador do PMDB. (SAIBA MAIS: as principais acusações da delação de Funaro)
A delação de Funaro é um dos pilares da segunda denúncia que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot apresentou contra Michel Temer. O peemedebista foi acusado de integrar uma organização criminosa e de tentar obstruir as investigações da Lava-Jato. A delação de Funaro também atinge dois dos principais ministros de Temer, Moreira Franco (secretaria-geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil), e pelo menos mais 20 políticos ligados ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).


No HD de Funaro estariam registrados encontros do operador com políticos e empresários no escritório dele em São Paulo. Bem antes do operador fazer acordo de delação, investigadores suspeitavam que nos vídeos estariam documentadas conversas sobre métodos de arrecadação e distribuição de dinheiro, nos moldes do que fez o delegado Durval Barbosa, o pivô da Operação Caixa de Pandora, o escândalo que devastou a administração do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda.

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