Colaboração do marqueteiro foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal
POLÍTICA LAVA JATOHÁ 2 HORASPOR FOLHAPRESS
O acordo de delação premiada do marqueteiro Duda Mendonça com a Polícia Federal chegou ao gabinete do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), com afirmações que colocam em foco o líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), um dos principais aliados do presidente Michel Temer no Congresso.
A Ilha Produção, uma empresa de produção audiovisual da família de Rossi, que preside o PMDB paulista, é citada por Duda como recebedora de "recursos não contabilizados" de R$ 4 milhões na campanha eleitoral de Paulo Skaf (PMDB), presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e candidato ao governo de São Paulo em 2014.
Segundo Duda, o dinheiro veio da Odebrecht e foi entregue em diversos hotéis de São Paulo.
O marqueteiro afirmou, segundo a reportagem apurou, ter ouvido de Skaf que houve "uma pressão do PMDB, mais particularmente do deputado Baleia", para a contratação da Ilha Produção, pertencente a um irmão do líder do PMDB.
Contudo Baleia, citado nominalmente por Duda na delação, pode não ser investigado porque a Procuradoria-Geral da República, que investiga Temer no âmbito da delação da JBS, é contrária ao acordo com a PF.
A Procuradoria pediu formalmente a Fachin que desautorize a colaboração, sob o argumento de que cabe apenas ao Ministério Público negociar e celebrar delações premiadas.
Fachin agora deverá decidir se concorda com os argumentos ou se entende que a polícia também tem direito de promover negociações desse tipo.
A PF se baseia na própria lei da delação, de 2013, que estabelece que a negociação "ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério Público".
Em setembro e outubro passados, Duda manteve duas reuniões com a força-tarefa da Operação Lava Jato na PGR e repassou os dados gerais do que poderia dizer em uma eventual delação. A Procuradoria, porém, não levou a conversa adiante.
Os advogados de defesa passaram então a negociar diretamente com a PF. O acordo foi fechado em 17 de março e enviado ao STF para homologação. O ministro Fachin pediu que a PGR desse sua opinião, que foi contrária. Não há prazo para Fachin tomar uma decisão.
Para a defesa de Duda, os dados repassados informalmente à PGR pelo candidato a colaborador acabaram sendo usados em outros depoimentos de delatores, como o de Emílio Odebrecht. A defesa diz, em petição enviada ao STF, que em dezembro passado a Odebrecht foi indagada pelo representante da Procuradoria sobre um anexo intitulado "Duda Mendonça". O empreiteiro respondeu: "Eu, na realidade, não tinha nada sobre isso. Quando eu coloquei, foi até uma pro- vocação do senhor, quando da entrevista".
Os advogados do marqueteiro peticionaram no gabinete de Fachin na sexta-feira (9) para reafirmar os termos da colaboração de Duda e dizer que suas declarações "trouxeram nomes como o deputado federal Baleia Rossi, do PMDB, da empresa Ilha Produção Ltda. e de Wagner Rossi –apontado pelo Grupo J&F como operador do presidente Michel Temer–, todos envolvidos direta ou indiretamente no recebimento de R$ 4 milhões, originários do grupo Odebrecht, por meio de recursos em espécie não contabilizados doados à campanha de Paulo Skaf".
OUTRO LADO
O deputado federal Baleia Rossi (PMDB-SP) afirmou que o acordo de colaboração premiada de Duda Mendonça "foi desaprovado pelo Ministério Público Federal, indício de que as declarações do marqueteiro são ilógicas ou inverídicas".O deputado afirmou ainda que "não é citado" no acordo de Duda. "O marqueteiro não relata nenhum tipo de diálogo com Baleia Rossi, pois nunca houve uma conversa entre os dois sobre nenhum assunto", disse.
A Ilha Produção afirmou, em nota, que foi um dos fornecedores "que prestou serviços a campanha [de Skaf], e consequentemente, ao marqueteiro" Duda, mas que as afirmações sobre caixa dois são "absolutamente absurdas e mentirosas" e que "todos os recebimentos referentes aos serviços prestados foram devidamente registrados na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral".
A empresa também negou que o deputado ou "qualquer representante do partido" tenham "pressionado" Skaf para que contratasse a Ilha.
Em nota, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse que "todas as doações recebidas pela campanha" estão "devidamente registradas na Justiça Eleitoral, que aprovou sua prestação de contas sem fazer qualquer reparo".
A PGR informou que não iria se manifestar sobre o assunto porque o caso tramita sob segredo de Justiça. Com informações da Folhapress.
Por Aguiasemrumo:
Romulo Sanches de Oliveira
Realmente é tudo
diferente agora fica muito claro: Na vida Militar se errar borra o livro cadeia
ou reserva automática!
Esses corruptos são
genocidas, são eles que matam as pessoas que estão morrendo nas filas dos
hospitais em todo Brasil. Verdadeiramente os maiores traidores da pátria e seu
povo!
A Suprema Corte de
nosso país tem bandido de toga “Michel Temer diz ter 2 Ministros no Supremo;
Joesley Batista diz ter 2 Juízes e 1 procurador. Notícias de vendas de
sentenças? ” contra a justiça e o povo de uma nação, imagine nos estados que
compõem está nação, ou seja, os bandidos de toga estão em todas as instâncias e
departamento da administração pública. Com suas raras exceções!
Organização criminosa
PGR cita depoimento
de Joesley sobre pagamento de “mensalidade” de R$ 400 mil a Lúcio Funaro,
operador de Eduardo Cunha, e afirmação do empresário de que Temer deu sinais
claros de que seria importante manter financeiramente ambos e as famílias.
Prevaricação
Joesley relatou em
conversa com Temer o plano para interferir em uma investigação em Brasília. É
ilegal um servidor público tomar
conhecimento de conduta irregular de outra pessoa e não comunicar às autoridades
Corrupção
Procuradoria-Geral
menciona, entre outros elementos, depoimento de Joesley, que afirma que Temer
intercedeu pessoalmente a favor dele no BNDES. Cita ainda depoimento que afirma
que Temer fazia parte do “esquema do PMDB
da Câmara”.
Obstrução de Justiça
Ao citar suspeitas
sobre Aécio, a PGR vê indicativos de Temer também em articulações que buscam
‘impedir que as investigações da Lava Jato avancem’, por meio de controle de
medidas legislativas ou controle de indicação de Delegados para inquéritos.
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