sábado, 13 de agosto de 2016

De bike, fotógrafa cruza o Vietnã para mostrar costumes dos nativos

13/08/2016 07h00 - Atualizado em 13/08/2016 07h00

Bell Boniatt usou a bicicleta para registrar os nativos do país turístico.
Imagens da aventura poderão ser conferidas em exposição em Porto Alegre.

Lisiane LisboaDo G1 RS

Bell Boniatti reúne fotos da experiência de 30 dias no Sudoeste Asiático e apresenta o material a partir de terça-feira (16/08), no espaço Nevermore (Foto: Divulgação)Bell Boniatti percorreu mais de mil km de bicicleta do Sul a Norte do Vietnã para mostrar como vivem os nativos no Vietnã  (Foto: Divulgação)
Aos 27 anos, a publicitária e fotógrafa Bell Boniatti, de Porto Alegre, circula o mundo para fazer o bem por meio do voluntariado e resgatar a essência cultural dos povos através das lentes de sua máquina fotográfica.
“O Vietnã vive uma ditadura difícil. Vi que na periferia eles estavam lá de verdade, sem fantasias. Por isso, escolhi a bicicleta.”
Bell Boniatti
Entretanto, uma das viagens despertou a necessidade de registrar um olhar mais íntimo e verdadeiro de um país já conhecido por estereótipos pós-guerra: o Vietnã.

Em 2015, Bell chegou ao país asiático na expectativa de conhecer um lugar com cenários marcados pelas cicatrizes de mais de 16 anos de guerra com os Estados Unidos. Ao perceber que o turismo da região ofuscou o encantamento dos costumes nativos, a fotógrafa passou a visitar as periferias de Ho Chi Minh, no Sul do país, em busca de olhares mais profundos sobre como vivem os vietnamitas. Para alcançar objetivo, pedalou mais de 1,4 mil km do Sul até Hanói, capital do Norte do Vietnã, em 22 dias.
Bell Boniatti reúne fotos da experiência de 30 dias no Sudoeste Asiático e apresenta o material a partir de terça-feira (16/08), no espaço Nevermore (Foto: Divulgação)Publicitária e fotógrafa encarou altas temperaturas durante a travessia do país asiático (Foto: Divulgação)
“O Vietnã vive uma ditadura difícil e com a influência do turismo faz com que os nativos só trabalhem para servir os estrangeiros. Vi que na periferia eles estavam lá de verdade, sem fantasias. Por isso, escolhi a bicicleta”, lembra Bell.
Após viajar acompanhada de um amigo que conheceu durante uma de suas viagens, a gaúcha conta que a percepção  das paisagens sob a ótica do ciclista trouxe uma série de descobertas sobre o país.

“O país é lindo e temos uma impressão muito ruim deles. O simples não é o pobre e a Ásia se torna linda por isso. Todo mundo compartilha tudo, jantares de comida local com a vizinhança toda reunida”, relata com nostalgia.
Bell e Fabio Puccini durante a pedalada de mais de 1,4 mil quilômetros no Vietnã  (Foto: Arquivo Pessoal)Bell e Fabio Puccini durante a pedalada de mais de 1,4 mil quilômetros no Vietnã (Foto: Arquivo Pessoal)
Para vencer o cansaço e o calor com sensação térmica de mais de 40º C, Bell e o amigo mochileiro Fábio Pucinni faziam breves paradas e se alojavam em casas dos nativos, otimizando a imersão nas comunidades.
“Era comum trocar fotografias por hospedagem ou comida. Aprendi muito com eles e me senti acolhida pelas famílias. Os vietnamitas são muito solidários e se preocupam uns com os outros”, afirma a voluntária.
Bell procurou registrar os costumes verdadeiros dos vietnamitas durante viagem  (Foto:  Bell Boniatti )Bell procurou registrar os costumes verdadeiros dos vietnamitas (Foto: Bell Boniatti/Divulg )
O resultado da experiência da publicitária e fotógrafa pode ser visto na exposição VIÊT, no Espaço Nevermore, na Alameda Major Francisco Barcelos, 127, bairro Boa Vista, na capital gaúcha, na próxima terça-feira (16), a partir das 19h, com entrada franca.
Bell Boniatti reúne fotos da experiência de 30 dias no Sudoeste Asiático e apresenta o material a partir de terça-feira (16/08), no espaço Nevermore (Foto: Bell Boniatti)De acordo com Bell, vietnamitas vivem uma difícil rotina de atender turistas (Foto: Bell Boniatti/Divulgação)
“São 30 fotos que mostram um outro lado dessas regiões para que todos entendam, até os mais leigos, que um país com traumas pós-guerra pode ser encantador e seus costumes podem ser exemplos para nações mais desenvolvidas”, resume Bell.

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