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(Reprodução) Vídeo de propaganda mostra o líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi
Os rebeldes talibãs afegãos advertiram nesta terça-feira o chefe da organização Estado Islâmico (EI) a não tentar se firmar em seu país, após confrontos com alguns de seus combatentes no leste.
"A jihad contra os americanos e seus aliados deve ser travada sob um único estandarte", o dos talibãs do mulá Omar, escreve Akthar Mohamed Mansur, braço direito do chefe dos rebeldes talibãs, reivindicando a paternidade da resistência contra as forças ocidentais e seus aliados no Afeganistão.
Esta carta do mulá Mansur, que foi ministro sob o regime dos talibãs em Cabul (1996-2001), é dirigida ao iraquiano Abu Bakr al-Baghdadi, o chefe do EI.
"Que Deus nos preserve disso, se tomar decisões à distância perderá o apoio dos eruditos, dos mujahedines e dos simpatizantes", afirma este texto publicado em dari (persa afegão) e pashtun, as duas línguas oficiais do Afeganistão, mas também em árabe e em urdu (língua do Paquistão).
"Para defender as conquistas, o Emirado Islâmico do Afeganistão (como os talibãs se autodenominam) seria obrigado a reagir", adverte, sem especificar como.
Os talibãs, expulsos do poder em 2001 pelos países ocidentais, travam uma luta armada contra o governo de Cabul e seus aliados estrangeiros e agora parecem preocupados com uma possível exportação da luta armada do EI ao Afeganistão.
Os extremistas sunitas do EI afirmaram várias vezes sua intenção de estender o autoproclamado califado para além dos territórios que controlam no Iraque e na Síria.
Vários grupos de combatentes rebeldes no Afeganistão afirmaram nos últimos meses pertencer ao EI, mas este último nunca reconheceu formalmente ter se radicado no país.
Na semana passada, os meios de comunicação afegãos informaram sobre confrontos no leste do país entre talibãs e combatentes que afirmam estar vinculados ao EI.
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