AFP / JOHN MACDOUGALL
Cameron participa de uma entrevista coletiva na Alemanha
O projeto de lei para a realização de um referendo sobre a permanência da Grã-Bretanha na União Europeia (UE) superou a primeira etapa no Parlamento britânico, nesta terça-feira.
Dos 597 deputados presentes, 544 aprovaram o texto, abrindo caminho para continuar o trâmite parlamentar. O projeto ainda deve enfrentar várias etapas na Câmara dos Comuns e na dos Lordes.
Sua adoção definitiva já é esperada, ao contar, ao mesmo tempo, com o apoio da maioria conservadora (os "tories") e da oposição trabalhista.
Uma emenda apresentada pelos nacionalistas escoceses do SNP para bloquear o texto foi rejeitada por uma esmagadora maioria - 338 votos contra 59 -, assim como a proposta de permitir a votação para jovens de 16 e 17 anos.
O texto foi apresentado pelo governo conservador de David Cameron, após sua triunfal reeleição para um segundo mandato, em 7 de maio passado. Uma das promessas de campanha de Cameron, o texto pretende perguntar aos britânicos se "o Reino Unido deve permanecer como membro da UE?".
Previsto para acontecer no mais tardar até o fim de 2017, o referendo já pode ser realizado a partir do próximo ano, em função dos resultados da negociação das condições de permanência do país no bloco, realizada pelo premiê. O próprio Cameron defende a permanência na UE.
"Esperamos poder negociar um novo acordo, que responderá às preocupações dos britânicos antes de propor o referendo prometido", declarou o ministro das Relações Exteriores, Philip Hammond, na abertura do debate.
"Precisamos de uma mudança fundamental na maneira como a União Europeia funciona", insistiu o chanceler.
Entre as demandas de Londres, está o endurecimento das condições de acesso aos benefícios sociais para os cidadãos da UE.
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