AFP / WANG ZHAO
(Arquivo) O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz
O Presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, anunciou nesta terça-feira que o embaixador russo para a União Europeia teve o acesso à assembleia negado, em retaliação contra a proibição de entrar na Rússia imposta pelo país a 89 cidadãos europeus, críticos da política do Kremlin.
A lista negra da Rússia foi divulgada aos diplomatas europeus na última quinta-feira. Ela inclui um número de deputados atuais e antigos que têm criticado abertamente o presidente Vladimir Putin e a posição da Rússia na guerra na Ucrânia.
"Na sequência da publicação da lista negra de políticos e funcionários da UE, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, informou hoje o embaixador russo para a União Europeia que na medida em que as autoridades russas não conseguiram garantir a transparência de suas decisões (...), ele estima que agora é justificado responder com medidas adequadas", ressaltou o gabinete de Schulz.
O presidente disse que a instituição iria "restringir o acesso do Parlamento ao embaixador russo e uma outra autoridade russa" cuja identidade não foi divulgada.
Além disso, o Parlamento Europeu "suspende seus compromissos vis-à- vis a Comissão Parlamentar de Cooperação UE-Rússia e examinará caso a caso os pedidos para visitas ao Parlamento Europeu apresentados por deputados russos".
O comunicado de Schulz foi feito a pedido dos Verdes no Parlamento Europeu para abrir um debate sobre as proibições de viagem emitidas pelas autoridades russas, considerando que trata-se de "um duro golpe para as relações UE-Rússia, mesmo que isso não tenha sido uma surpresa".
Durante o fim de semana os serviços de Relações Exteriores da UE chamaram a proibição de viagens emitida pelas autoridades russas como "totalmente arbitrária e injustificada".
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, rejeitou o termo "absurdo" usado pela UE, indicando que esta lista foi apenas uma resposta russa às sanções ocidentais contra o Kremlin.
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