AFP / Ye Aung Thu
Aung San Suu Kyi discursa para dirigentes de seu partido, LND, em Yangun
A opositora birmanesa Aung San Suu Kyi afirmou neste partido que seu partido decidirá em breve se impugnará as eleições cruciais do fim de ano, enquanto luta para mudar a Constituição que impede sua candidatura à presidência.
Em um discurso para os dirigentes da Liga Nacional para a Democracia (LND), Suu Kyi não explicou se o partido disputará as primeiras eleições gerais em 25 anos no país.
O pleito, prevista para outubro ou novembro, representa um teste crucial para as reformas democráticas em Mianmar após décadas de governo da junta militar, que anunciou o próprio fim em 2011.
Apesar das pesquisas apontarem um bom resultado da LND no caso de eleições livres, Suu Kyi não pode, de acordo com a Constituição, disputar a presidência por ter sido casada com um estrangeiro. Além disso, seus dois filhos são britânicos.
"A Liga Nacional para a Democracia decidirá em breve se disputará as eleições ou não. Após nossa decisão, vamos escolher nossos representantes", afirmou.
A vencedora do prêmio Nobel da Paz havia se recusado em um discurso anterior a descartar a possibilidade de boicote, enquanto seu partido tenta mudar a Constituição herdada da junta militar.
A campanha a favor de uma mudança no texto constitucional, prometida para depois da votação de 2015 por um regime reformista ainda liderado por militares, é cada vez mais insistente.
Mas os militares não aceitam a redução de seus privilégios eleitorais, que garantem 25% das cadeiras no Parlamento.
Mianmar começou a abandonar o governo militar em 2011, com eleições marcadas por acusações de fraude e que não contaram com a participação da LND.
Apesar das reformas econômicas e política iniciadas, os grupos de defesa dos direitos humanos e Suu Kyi alertam para uma estagnação na transição do país par a democracia.
A LND disputou as últimas eleições gerais no país, em 1990, e venceu com ampla maioria, mas não chegou a governar o país.
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