segunda-feira, 22 de junho de 2015

Justiça bloqueia bens de auditor fiscal suspeito de integrar máfia do ISS José Rodrigo de Freitas é suspeito de enriquecimento ilícito em São Paulo. Nome dele surgiu durante as investigações da máfia do ISS.

 A Justiça bloqueou, nesta segunda-feira (22), todos os bens do auditor fiscal da prefeitura José Rodrigo de Freitas. Ele é suspeito de participar da máfia do ISS e está sendo investigado por enriquecimento ilícito em São Paulo. Somando os valores de imóveis, aluguéis, multas, o total bloqueado chega a R$ 220 milhões.
O advogado Márcio Sayeg, que defende o auditor, diz que vai recorrer contra o bloqueio.
Entre os imóveis que ele tem, segundo as investigações, estão quatros salas comerciais no mesmo prédio, no Centro, seis casas, seis apartamentos no mesmo hotel e imóveis de luxo na capital, no interior e no litoral. Só em um prédio em Bertioga, perto do mar, ele tem três apartamentos, segundo levantamento da Prefeitura. São 79 imóveis.
A Controladoria Geral do Município e o Ministério Público investigam o enriquecimento ilícito. Ele está temporariamente afastado do cargo. Segundo a Prefeitura, o salário de José Rodrigo como auditor fiscal é de R$ 21 mil. O MP considerou que o bom salário não justifica o patrimônio de R$ 68 milhões e pediu o bloqueio de todos os bens.A relação de bens traz dois apartamentos em um hotel. Os flats estão localizadas em uma área valiosa de São Paulo, ao lado de um shopping e entre o Aeroporto de Congonhas e o do Parque do Ibirapuera.
A reportagem do SPTV teve acesso ao processo, o MP constatou que José Rodrigo extorquia dinheiro de particulares ou recebia propina e depois investia em imóveis.
O nome de José Rodrigo surgiu durante a investigação da máfia do ISS, em que fiscais da Prefeitura cobravam propina para dar descontos na cobrança no Imposto Sobre Serviços.
"Ele exercia um papel fundamental na organização criminosa, tanto que era chamado pelos demais fiscais como 'Rei dos Fiscais'", diz Roberto Porto, controlador geral do município.
"Uma vez comprovados esses fatos podem ser aplicadas as penalidades previstas, como perda de cargos, perda dos direitos políticos, perda de todos os bens em favor do município de São Paulo e também a perda dos frutos dos bens em favor do município", diz o promotor Silvio Marques.

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