O HSBC informou nesta quinta-feira (4) que vai pagar 40 milhões de francos suíços (US$ 43 milhões), em acordo com o Ministério Público da Suíça para encerrar uma investigação sobre lavagem de dinheiro e sonegação de impostos na filial do banco no país europeu. O procurador-geral Olivier Jornot disse ter colocado fim ao procedimento iniciado em fevereiro para investigar as práticas do banco. O escândalo de fraude fiscal e lavagem de dinheiro ficou conhecido como "SwissLeaks".
O banco disse em comunicado que o pagamento é para compensar as autoridades por falhas organizacionais do passado e que nenhuma acusação penal será apresentada. No comunicado, o HSBC informou ainda que melhorou as práticas para evitar que clientes usem o banco "para sonegar impostos ou lavar dinheiro", e reduziu drasticamente o número de contas, de 30.000 para 10.000.
"O Ministério Público de Genebra reconheceu o progresso que o banco fez nos últimos anos, incluindo melhorias nas suas funções de compliance, processos internos e tecnologia", diz o banco.
Os dados do SwissLeaks foram vazados por um funcionário do banco e são analisados por um grupo de jornalistas do mundo inteiro, chamado de Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ). Desde fevereiro, o consórcio começou a divulgar as informações segundo as quais o HSBC teria ajudado clientes a esconder bilhões de dólares no país europeu entre 2006 e 2007.
De acordo com o jornal francês "Le Monde", que iniciou a investigação sobre o caso, cerca de 180,6 milhões de euros pertencentes a mais de 100 mil clientes e 20 mil pessoas jurídicas transitaram entre novembro de 2006 e março de 2007 por contas bancárias na Suíça, escondidos atrás de sociedades offshore.
O caso começou no final de 2008, quando o ex-funcionário Hervé Falciani entregou arquivos de computador HSBC da subsidiária suíça para as autoridades francesas. Seu ato permitiu que várias investigações fossem abertas na Europa, principalmente na Espanha e na Bélgica. Na França, os juízes contaram com a ajuda de clientes que apareceram nos arquivos e que denunciaram as práticas do banco.
No Brasil, no fim de março, a Secretaria da Receita Federal recebeu 8.732 arquivos eletrônicos do HSBC, que são investigados por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
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O caso começou no final de 2008, quando o ex-funcionário Hervé Falciani entregou arquivos de computador HSBC da subsidiária suíça para as autoridades francesas. Seu ato permitiu que várias investigações fossem abertas na Europa, principalmente na Espanha e na Bélgica. Na França, os juízes contaram com a ajuda de clientes que apareceram nos arquivos e que denunciaram as práticas do banco.
No Brasil, no fim de março, a Secretaria da Receita Federal recebeu 8.732 arquivos eletrônicos do HSBC, que são investigados por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
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