terça-feira, 23 de dezembro de 2014

BNDES seguirá lei para financiar empresas envolvidas em corrupção

País

BNDES seguirá lei para financiar empresas envolvidas em corrupção

Agência Brasil
presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho,  disse nesta terça-feira (23), no Rio de Janeiro, que a instituição seguirá o que determina a lei, no caso de concessão de empréstimos a empresas envolvidas  em escândalos de corrupção no país.
Segundo ele, o banco observará as cautelas dentro da lei, “mas sabendo separar as diversas situações, de maneira a não prejudicar inadvertidamente o sistema empresarial como um todo por não discriminar diferentes situações”.  Segundo ele, o BNDES tem uma orientação jurídica consistente com as leis que regem a matéria.
Coutinho disse que foram feitos contratos no passado, “em boa fé”, com algumas dasempresas citadas na Operação Lava Jato, mas destacou a necessidade de se  separar claramente  cada caso, porque “existem muitas situações e não podemos dar uma resposta genérica”.  Esse cuidado visa a não incorrer em excesso de zelo, “que pode ser danoso. Então, é preciso ter um equilíbrio muito grande para cumprir a lei, como o BNDES sempre fez”. Os casos serão examinados separadamente, “mas nós cumpriremos o que a lei determina”.
Conforme o presidente do BNDES, na legislação brasileira, atos jurídicos perfeitos, feitos em boa fé, em geral prevalecem e as empresas que incorreram em desvios  têm mecanismos legais para, por meio de acordos de leniência e várias  outras formas, repor os danos e  pagar multas devidas.
“Nós precisamos  dar um tempo para que esse processo aconteça”. Coutinho disse que nos Estados Unidos, empresas que se viram envolvidas em escândalos têm a chance de ressarcir os danos causados e ficam obrigadas a instalar sistemas de compliance  (em conformidade)  “para nunca mais repetir o mesmo problema. E a partir daí, se estabelece um novo período”.
Apesar de  insistir sobre a necessidade  de se aguardar os processos legais devidos no caso das empresas brasileiras envolvidas em casos de corrupção, Luciano Coutinho assegurou que “enquanto isso, teremos a devida cautela nos encaminhamentos (dos pedidos de financiamento)”. Para isso, segundo ele, o BNDES pode recorrer a orientações e consultas aos órgãos nacionais de controle para indagar que procedimento deve seguir dentro da lei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário