Parentes fazem última visita do ano aos presos da Operação Lava Jato
Empresários vão passar a virada de ano na carceragem da Polícia Federal.
Familiares não puderam levar bebidas alcoólicas para os réus.
Os presos da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de lavagem e desvio de dinheiro de bilhões de reais, recebem nesta terça-feira (30) a última visita de familiares do ano na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Normalmente, a visita aos detentos ocorre às quartas-feiras, porém, devido ao feriado de Ano Novo foi antecipada. Os familiares foram informados que não poderiam levar comidas especiais ou bebida alcoólica para os investigados.
Entre as pessoas que continuam detidas na Polícia Federal estão executivos de algumas das maiores empreiteiras do país, como OAS, Camargo Corrêa e Mendes Júnior. Além deles, o doleiro Alberto Youssef, apontado como operador do esquema de desvio de dinheiro na Petrobras e líder de uma quadrilha de lavagem de dinheiro também permanece detido. Até o momento, 39 investigados se tornaram réus no processo, sendo 27 ligados às empreiteiras.
O período de visitas durou toda a tarde. Cada grupo podia ficar até 20 minutos com o preso que foi visitar. Nenhum parente quis dar declarações à imprensa sobre a situação dos detidos.
Em fevereiro de 2015, os primeiros depoimentos dos agora réus no processo serão colhidos e, segundo o Jornal Nacional, os executivos terão de explicar à Justiça Federal se houve pagamento de propina e lavagem de dinheiro em todos os contratos listados na planilha.
Entenda a Lava Jato
A Operação Lava Jato começou apurando um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. A investigação acabou resultando na descoberta de um grande esquema de desvio de recursos da Petrobras, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
A Operação Lava Jato começou apurando um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. A investigação acabou resultando na descoberta de um grande esquema de desvio de recursos da Petrobras, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
Na primeira fase da operação, deflagrada em março deste ano, foram presos, entre outras pessoas, o doleiro Alberto Youssef, apontado como chefe do esquema, e o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
A sétima fase da operação policial, no mês passado, teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras em um valor total de R$ 59 bilhões.
Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF e da Polícia Federal. Ao todo, foram expedidos na sétima etapa da operação 85 mandados em municípios do Paraná, de Minas Gerais, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Pernambuco e do Distrito Federal.
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