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"A quem interessa tirar Graça Foster da Petrobras?", indaga Dilma em encontro com jornalistas
fonte: Folhapress
Como de costume, a presidente Dilma Rousseff recebeu com um café da manhã nesta segunda-feira (22), jornalistas que cobrem a área de política no Palácio do Planalto.
Em uma conversa mais informal, a presidente Dilma pôde tomar conhecimento do que está acontecendo no país e falar sobre todos os pontos que foram e, continuam sendo, debatidos na imprensa.
Entre os assuntos mais debatidos estão os casos de corrupções na Petrobras e em outras empresas públicas.
Durante a conversa, Dilma Rousseff saiu em defesa da presidente da Petrobras, Graça Foster e deixou claro que não irá substituí-la. Ela disse que a presidente continua, e com a sua confiança. "É muito difícil ter uma situação confortável quando existe a prática de condenar, sem dar espaço para a defesa. Sem perguntar pelas provas, nem tampouco pelos interesses. É muito fácil criar uma situação de alto constrangimento para qualquer um. Por isso é importante que vocês da imprensa dêem espaço para o contraditório e perquiram quais são os interesses por trás disso", explanou a presidente.
Durante a conversa, Dilma Rousseff saiu em defesa da presidente da Petrobras, Graça Foster e deixou claro que não irá substituí-la. Ela disse que a presidente continua, e com a sua confiança. "É muito difícil ter uma situação confortável quando existe a prática de condenar, sem dar espaço para a defesa. Sem perguntar pelas provas, nem tampouco pelos interesses. É muito fácil criar uma situação de alto constrangimento para qualquer um. Por isso é importante que vocês da imprensa dêem espaço para o contraditório e perquiram quais são os interesses por trás disso", explanou a presidente.
Questionada sobre quais interesses seriam esses, a presidente Dilma disse que não sabia e que seu único interesse era "querer saber". Sobre as punições aos envolvidos, Dilma Rousseff foi bastante enfática ao dizer que não vê indícios de irregularidades: "eu não vejo nenhum indício de irregularidade na conduta da atual diretoria da Petrobras. Eu nao compactuo com indícios de irregularidades. Acho que pessoas que compactuam com esse tipo de irregularidades devem ser punidas. Quando eu não vejo que estão praticando irregularidades, eu não posso querer punir".
A presidente garantiu que a estatal possui "nomes" e que a atual presidente da companhia, Graça Foster, continua no comando. E ainda completou dizendo que, a chegada de uma nova pessoa na presidência da estatal atrapalharia a investigação.
A presidente Dilma insistiu ainda que é a investigação é necessária e ainda defendeu a punição dos envolvidos. Sobre as pressões em torno de Graça Foster, Dilma Rousseff afirmou que cria-se um clima: "Sem apontar uma falha dela, cria-se um clima muito difícil para ela. Agora, por isso eu vou tirá-la? Eu vou penalizá-la por algo que não é responsabilidade dela? A quem interessa tirar a Graça Foster? O que que tem por trás disso? Eu vou interromper o processo? Tem uma coisa que eu quero dizer, pois vi sair muito no jornal, a crise, não é crise. Tem uma investigação sobre corrupção no Brasil, que é fundamental que haja".
Sobre as relações com o Congresso Nacional, ela garante que nao irá interferir na eleição das presidências da Câmara e do Senado Federal. "No caso do Congresso, nós queremos a melhor relação possível. As eleições do Senado e da Câmara são problemas do Congresso".
Sobre a nomeação dos ministros, a presidente disse que pode fazê-la de duas formas, divididos em dois grupos ou todos de uma vez. Ela está avaliando quando o fará e confirmou que está fazendo negociações com partidos políticos a respeito.
Ela também revelou que, antes de nomear os ministros, vai perguntar ao procurador-geral da República, se os ministros estão ou não no caso Lava Jato. "O que vai me dizer o oficial é o procurador-geral. (...) Eu vou perguntar o seguinte: 'há alguma coisa que me impeça de nomear fulano?'. Só isso que eu vou perguntar. Não vou perguntar o resto, pois ele não sabe me dizer. Como diz Mujica [presidente do Uruguai] muito sabiamente, a gente nao pede coisas que nao sabem dar e nem perguntam coisas que não podem ser respondidas", finalizou.
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