Petrobras diz que divulgará balanço do 3º trimestre em janeiro
Resultado foi adiado mais de uma vez devido a investigações de corrupção.
Estatal disse ainda que está revisando seu planejamento para 2015.
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A Petrobras informou na noite desta segunda-feira (29) que vai divulgar em janeiro do próximo ano o balanço do terceiro trimestre de 2014, sem o relatório de revisão do seu Auditor Externo PricewaterhouseCoopers (PwC), depois de adiamentos do resultado relacionados à operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de corrupção na estatal.
"Com esse prazo, a companhia estará atendendo suas obrigações dentro do tempo estabelecido pelos seus contratos financeiros, considerados os períodos de tolerância contratuais aplicáveis, e de modo a evitar o vencimento antecipado da dívida pelos credores", afirmou a estatal.
A empresa disse ainda que está revisando seu planejamento para 2015, implementando "uma série de ações voltadas para a preservação do caixa, de forma a viabilizar seus investimentos sem a necessidade de efetuar novas captações, tomando por premissas taxa de câmbio de R$2,60/US$ e preço médio do brent em 2015 de US$70/bbl".
"Tais medidas incluem a antecipação de recebíveis, a redução do ritmo dos investimentos em projetos, a revisão de estratégias de preços de produtos e a redução de custos operacionais em atividades ainda não alcançadas pelos programas estruturantes", disse a empresa em comunicado.
Em 13 de dezembro, a Petrobras adiou pela segunda vez a divulgação dos resultados, esperada inicialmente para o início de novembro, por conta da Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção em obras da estatal, envolvendo empreiteiras e pagamentos ilegais a políticos, que levou auditores independentes a se negarem a assinar o balanço do terceiro trimestre.
Na nota desta segunda-feira, a estatal diz que segue aprimorando sua governança e melhorando seus controles internos e "reafirma que está empenhada em divulgar as demonstrações contábeis do terceiro trimestre revisadas pela PwC assim que possível".
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