A Lei 10.633 instituiu o Fundo Constitucional do Distrito Federal com a finalidade de prover os recursos necessários à ORGANIZAÇÃO E MANUTENÇÃO da polícia civil, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como ASSISTÊNCIA financeira para execução de serviços públicos de saúde e educação, conforme disposto no inciso XIV do art. 21 da Constituição Federal (O grifo é nosso).
Já a Educação dispõe do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) que criado em 2006 e regulamentado em 2007 só em 2009 previa um aporte de 5,1 bilhões de reais.
Os reajustes do Fundo Constitucional deveriam, por Lei, serem repassados aos servidores da Segurança Pública, porém, isso não têm acontecido e torna-se preocupante, principalmente por haver suspeitas de que os recursos estão sendo mal administrados.
Porque resolvi fazer essa matéria? Entenda...
Pois bem! Em 2012, quando muitos paladinos da justiça estavam escorados em gabinetes parlamentares, outros em projeções políticas pessoais e interesses meramente próprios e muitos omissos ao que estava acontecendo com a corporação e seus integrantes, nós do NMU estávamos juntamente com a antiga direção do SINPOL e mais o Deputado Distrital Welington Luiz trabalhando para convocar o Gestor do Fundo Constitucional para saber que destino estavam dando aos nossos recursos. Resultado: O Gestor, sabatinado na CLDF, informou categoricamente que a questão era meramente de GESTÃO e não falta de RECURSOS. Portanto, dinheiro havia para que atendesse nossas reivindicações e mesmo assim o governo nos ignorou.
Agora vamos correr um grande risco a partir de 2015 já que os recursos do Fundo Constitucional que serão destinados a ASSISTÊNCIA das áreas de Saúde e Educação serão incorporados diretamente aos orçamentos Fiscal e da Seguridade Social do Governo do Distrito Federal, bem como a previsão de repasses do governo federal para essas áreas estará estimada em cerca de R$ 6 bilhões. Ou seja, quem mandará no dinheiro será o GDF, assim como também o administrará.
Para a Segurança Pública os recursos continuarão sendo administrados pela União conforme estabelece a Constituição Federal e os recursos devem chegar aos R$ 6,4 bilhões, sendo que pelo menos R$ 4,2 bilhões devem ser destinados à Polícia Militar.
Porque o risco?
Vi recentemente uma entrevista do novo governador informando que alguns serviços poderiam ser prejudicados ano que vem devido ao possível rombo de R$ 3,8 bilhões que serão herdados do governo atual, inclusive os serviços com aquisição e manutenção de viaturas, o que pode até impedi-las de rodar prejudicando a sociedade.
É notório diante do grave quadro apresentado pela equipe de transição de governo de Rolemberg que o novo governo terá que arrecadar recursos de qualquer forma para tentar colocar as finanças do DF em dia. No entanto, preocupa-nos o fato de que os recursos destinados a investimentos na PM possa ser um caminho para “ajudar” as finanças do GDF, já que para Custeio e Pagamento de Pessoal é impossível a utilização, a não ser que a mesma teoria da irresponsabilidade pregada durante todo o governo Agnelo seja implantada no governo Rolemberg.
Portanto, nobres amigos e leitores, para a Polícia Militar e seus integrantes as nuvens não estão nada boas e parecem carregadas para uma possível tempestade. É mister que deveremos nos organizar e acompanhar bem de perto todos os passos do novo governo sob risco de sermos, mais uma vez, os maiores prejudicados nos próximos 4 anos.
Quem viver verá!
Da Redação... Por Poliglota
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