A delação do operador financeiro ligado ao PMDB Lúcio Funaro cita pelo menos 20 políticos próximos ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os principais nomes do grupo seriam os dos ex-ministros Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). As informações são do jornal O Globo.
Segundo a publicação, Funaro indicou contas bancárias onde propinas teriam sido depositadas para os 2 caciques por determinação de Cunha.
O suposto caso de Geddel seria o mais detalhado. Funaro, de acordo com O Globo, relatou como o dinheiro chegava ao político. Teria indicado até os números dos voos que usou para ir à Bahia encontrar o peemedebista.
O político baiano está em prisão domiciliar em Salvador. Sua detenção, em 3 de julho, foi determinada com base em delações premiadas. As colaborações são da JBS e de Lúcio Funaro.
Henrique Eduardo Alves está preso preventivamente desde 6 de junho. Ele é suspeito de receber R$ 7,15 milhões em propina para favorecer as construtoras OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia. A obra em questão era a Arena das Dunas, estádio da Copa do Mundo de 2014 em Natal.
A delação do operador está no STF (Supremo Tribunal Federal). Aguarda homologação pelo ministro Edson Fachin, relator dos casos ligados à Lava Jato. Há expectativa de que a PGR (Procuradoria Geral da República) use partes da delação na provável próxima denúncia contra o presidente Michel Temer. A principal acusação deverá ser obstrução à Justiça.
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