sábado, 9 de setembro de 2017

Defesa diz que Marcello Miller correria ‘gravíssimo risco’ no sistema carcerário.




  • 09/09/2017

A defesa do ex-procurador da República Marcello Miller afirmou que seu cliente correria “gravíssimo risco” caso fosse para o sistema carcerário. Em petição protocolada neste sábado junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), os advogados André Perecmanis e Paulo Klein justificam o perigo pelo cargo que Miller ocupou, no Ministério Público Federal (MPF).



O objetivo da defesa de Marcello Miller é que, esgotadas todas as possibilidades, o ex-procurador ao menos tenha o pedido de prisão preventiva feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, convertido em prisão domiciliar.

“(…) dada a condição de advogado e, sobretudo, ex-membro do Ministério Público Federal do requerente, o que pode colocá-lo em situação de gravíssimo risco em um sistema carcerário, que substitua a prisão preventiva solicitada por recolhimento domiciliar”, escrevem os advogados André Perecmanis e Paulo Klein no documento dirigido ao ministro Edson Fachin, do STF.
Antes da opção pela prisão domiciliar, a defesa pede que Fachin rejeite liminarmente o pedido de prisão contra Marcello Miller. “(…) pede-se a V. Exa. que indefira liminarmente o pedido de prisão eventualmente formulado pela Procuradoria-Geral da República no tocante ao requerente”.
Depois, os advogados solicitam que “ao menos” a parte seja ouvida antes de o ministro proferir a sua decisão. “Subsidiariamente, pede-se a V. Exa. ao menos que faculte à defesa acesso ao pedido de prisão preventiva formulado, possibilitando ao requerente apresentar esclarecimentos e considerações a seu respeito, antes de que se profira decisão a respeito do pretendido encarceramento.”

Como atestado de boa-fé, a defesa ainda informa que Miller colocou seu passaporte à disposição das autoridades. “(…) visando reforçar o seu comprometimento com o esclarecimentos dos fatos, disponibiliza nesse momento seu passaporte, a ser entregue na sede da Polícia Federal do Estado do Rio de Janeiro.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário