terça-feira, 22 de novembro de 2016

Operação Drácon: MPDFT denuncia cinco distritais por corrupção


Michael Melo/Metrópoles

Três deles ainda integram a Mesa Diretora da Câmara Legislativa. Promotores pediram que a Justiça os afaste de seus mandatos



Depois de quase três meses de investigação, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apresentou o resultado da primeira fase da Operação Drácon. Os promotores denunciaram, nesta segunda-feira (21/11), à Justiça os cinco deputados alvos da ação por corrupção passiva.
Responderão ao processo no Judiciário a presidente afastada da Casa deputada Celina Leão, Raimundo Ribeiro, ambos do PPS, além de Julio Cesar (PRB), Bispo Renato Andrade (PR) e Cristiano Araújo (PSD). Eles são suspeitos de destinar emendas parlamentares para a área de saúde em troca de propina.
Os parlamentares foram denunciados duas vezes por corrupção passiva. A primeira por tentar negociar propina com Afonso Assad, da Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco), e pelo suposto esquema na área de saúde envolvendo emenda de R$ 30 milhões. Se condenados, os deputados podem pegar até 24 anos de prisão.
Os promotores pediram também ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) o afastamento cautelar do mandato de todos os deputados alvos da ação, até o fim das investigações. Dos cinco, Bispo Renato, Raimundo Ribeiro e Julio Cesar fazem parte da Mesa Diretora.
Além disso, o MP denunciou o ex-secretário-geral da Mesa Diretora Valério Neves, Alexandre Cerqueira, ex-secretário-executivo da Terceira Secretaria da Câmara, vinculado ao deputado Bispo Renato, e Ricardo Cardoso, ex-diretor do Fundo de Saúde da Secretaria de Saúde. Neves também foi denunciado duas vezes e, por isso, pode pegar 24 anos de prisão. Já Cerqueira e Cardoso podem ser condenados a até 12 anos de prisão.


O resultado da investigação foi apresentado em coletiva à imprensa nesta segunda pela vice-procuradora-geral de Justiça do DF, Selma Sauerbronn, e pelos promotores Geraldo Macedo, assessor criminal da procuradoria, e Clayton Germano, do Grupo Especial de Atuação Especial ao Crime Organizado (Gaeco).
“O esquema criminoso está amplamente demonstrado pelas gravações ambientais, bem como provas testemunhais e documentais”, disse Selma Sauerbronn. De acordo com Geraldo Macedo, o MP pediu o afastamento cautelar dos distritais do mandato porque eles estariam tentando “se blindar” e encobrir a lógica das investigações, por meio da CPI da Saúde.
O MPDFT também pediu e obteve na Justiça a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telemático e telefônico de 10 envolvidos na operação deflagrada no dia 23 de agosto, uma semana depois de os áudios feitos pela deputada Liliane Roriz (PTB) sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo parlamentares serem divulgados.
Para não atrapalhar as investigações, a Justiça afastou a então Mesa Diretora da Casa. Em 18 de outubro, o Conselho Especial do TJDFT manteve apenas Celina Leão longe do comando da Câmara. A distrital recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas também teve o pedido de retorno negado.
De acordo com os promotores, a próxima fase da operação tem como alvo a investigação de empresas que supostamente participaram do esquema na Câmara Legislativa.


 
Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira

Indivíduo que pratica atividades criminosas com legitimidade de poder público deveria devolver em dobro tudo que recebeu, sem dó e sem piedade, inclusive os salários.

A verticalização do crime gera criminalidade com recursos públicos e todo tipo de problema como estamos vendo. Sou de uma época que o crime era horizontal, para sair do nada e chegar ao topo não era qualquer um? Hoje políticos apequenados negociam direto com o poder, ameaçam, roubam, envolvem pessoas inocentes e graças a Deus temos uma Lava Jato!

O mais importante é: Acabar com “incubadora de bandidos” Reforma do Artigo 17 da Constituição Federal de 1988 Já! Urgente!

Se o STF acatar a tese da Lava Jato, que considera propina qualquer dinheiro de empresas para políticos, não vai sobrar ninguém mesmo e fica caracterizado o verdadeiro prostíbulo.



Negócios fajutos com países apequenados sem expressão nenhuma no cenário político internacional em nome da sobrevivência de uma plataforma política falida que não congrega a natureza da sociedade. Não existe ideologia no Brasil



Nenhum comentário:

Postar um comentário