A expectativa é a delação de Benedicto Júnior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, e de Leandro Andrade Azevedo, ex-diretor da empreiteira no Rio
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Uma nova remessa de delações premiadas, programadas para esta semana, pode complicar a vida do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, preso durante a operação Lava Jato, no último dia 17. Os investigadores da operação pretendem ampliar as provas contra Cabral.
A expectativa é a delação de Benedicto Júnior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, e de Leandro Andrade Azevedo, ex-diretor da empreiteira no Rio. A dupla aponta que esquema de Cabral teve propina paga em contas internacionais, nas quais a empresa teria depositado uma taxa de 5% cobrada pelo ex-governador pelas obras executadas no Rio.
Durante o governo Cabral (2007-2014), Odebrecht participou praticamente de todas as obras públicas importantes, como a reforma do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), por exemplo. Orçada inicialmente em R$ 700 milhões, a obra do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 saltou para R$ 1,2 bilhão após receber 14 termos aditivos. Se a Odebrecht confirmar que também desembolsou 5% de propina, esse valor representará um suborno estimado em R$ 60 milhões.
Segundo o jornal O Globo, a Odebrecht preferiu não se manifestar sobre a delação. Os advogados de Cabral não foram localizados, mas um deles, Raphael Mattos, disse ao jornal “O Estado de S.Paulo” que a defesa ingressará com pedido de habeas corpus para Cabral esta semana. Ele explicou que a demora no ingresso do recurso se deve à complexidade do processo, que envolve pedidos de prisão feitos pela Justiça Federal do Rio e de Curitiba.
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