terça-feira, 23 de agosto de 2016

O ser humano tortura, mata e come outras espécies de animais por falta de informação e egoísmo


1 O ser humano tortura, mata e come outras espécies de animais por falta de informação e egoísmo
Após um hiato de algumas semanas aqui na minha coluna no R7 por estar ocupado com o projeto Entrevista-se (conheça aqui), gostaria de voltar com um texto alegre e para cima. Mas o fato é que os ativistas pelos direitos dos animais estão constantemente à beira de uma depressão profunda.
Além de lutar para que as outras espécies de animais não sejam mortas pelos humanos, nós ativistas temos que cuidar do próprio psicológico. Estou desde 2007 atuando diariamente em prol do veganismo e, nesse meio tempo, conheci centenas de pessoas e algumas dezenas de ativistas muito atuantes na causa. Todos correm o risco de ficarem doentes por conta da sensação de impotência ao ver tanta injustiça por motivos completamente banais.
Tentei achar explicações mais esotéricas como “carma” ou “destino” para entender porque as pessoas continuam comendo produtos oriundos do sofrimento dos animais em pleno ano de 2016. Mas não encontrei, óbvio, então trago o que achei: dois motivos bem pragmáticos.
Falta de informação é o primeiro deles e o que abrange a maior parte da população. Poderíamos falar aqui de forma mais genérica, citando a população mundial como um todo. Mas vamos exercitar nosso cérebro de forma mais pessoal e, para isso, sugiro que você imagine toda a população mundial como sendo apenas a sua família e alguns amigos mais próximos.
Podemos presumir que grande parte deles não tiveram ainda a informação do que acontece com os animais para chegarem aos cardápios dos restaurantes e aos supermercados em pedaços. Embora atualmente os veganos estejam o tempo todo na grande mídia, vamos dar o benefício da dúvida aos nossos amigos e familiares.
Se não há informação suficiente – ou se gentilmente assumirmos que não há, justamente para evitar o atrito –, fica mais fácil ter paciência para explicar tudo de novo sobre o veganismo. Sobre as proteínas, sobre o fato da produção de laticínios e ovos também torturarem e matarem animais e outras coisas.
Mas o difícil – e o leitor vegano há de concordar comigo – é quando a pessoa tem informação escorrendo pelo nariz e tatuada na testa e mesmo assim continua colaborando para o sofrimento dos animais. “Ah, mas eu não vivo sem queijo!” – uns vão dizer.
Não encontrei outra palavra para definir esse posicionamento lamentável, senão egoísmo. “Ah, mas eu não tenho tempo.” – alguns vão argumentar. É compreensível pelo modo de vida que adquirimos, mas quem realmente quer, consegue. Uma dica de ouro para enxergar o veganismo como algo viável e fácil: concentre-se nas vítimas, não no paladar e muito menos nas desculpas.
Já imaginou se todos os produtos de origem animal disponíveis no Brasil fossem de origem canina? Leite de cadela, picanha de pastor alemão e feijoada com patas de labrador. Aposto que muita gente se empenharia mais em procurar opções veganas para o seu dia a dia.
Se você ainda consome carnes, laticínios ou ovos em que grupo você está? No dos mal informados ou no dos egoístas? Seja como for, aprenda mais sobre o veganismo e dê um passo para um mundo mais justo para todas as espécies. Sempre é tempo. No site a seguir coloquei os primeiros passos que considero fundamentais para quem quer ser vegano:www.sejavegano.com.br.


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