quinta-feira, 4 de agosto de 2016

O que é prioridade?

Coluna publicada no jornal Zero Hora de 04/08/2016

Por: Carolina Bahia
04/08/2016 - 05h30min | Atualizada em 04/08/2016 - 08h37min




Como se os Estados não estivessem quebrados, os municípios de chapéu na mão e a União em crise, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou aumento dos salários dos ministros do STF de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. A medida eleva, em cascata, o teto remuneratório do funcionalismo no país. É um desserviço neste momento em que Estados, como o Rio Grande do Sul, sequer pagam em dia o salário dos professores. Das mais importantes autoridades do Judiciário, se esperava um mínimo de bom senso neste momento. Não houve. Os próprios senadores reconhecem a pressão. Dos parlamentares, o que se pode exigir é um pouco menos de subserviência, como reclamou o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) – que chegou a apresentar voto em separado. Afinal, a votação ocorreu quando a comissão estava esvaziada. A proposta ainda precisa passar pela Comissão de Assuntos Econômicos e pelo plenário. Que as prioridades sejam restabelecidas.
EM PLENA QUARTA
Vice-presidente da Comissão do Meio Ambiente, o deputado Heitor Schuch(PSB-RS) chegou para a reunião agendada, mas apenas o presidente, Luiz Lauro Filho (PSB-SP), estava no plenário. Em razão das convenções municipais, muitos deputados debandaram logo cedo. Para completar, um lobista na porta da comissão pedia aos poucos que passavam por ali que não garantissem presença.
ESQUENTADINHA
O deputado Cajar Nardes (PR-RS) anunciou nas redes sociais o que chamou de notícia "maravilhosa". Segundo ele, em reunião com o ministro Maurício Quintella (Transportes), ficou definida a construção da ponte internacional sobre o Rio Uruguai, em Porto Xavier. Mas o ministério alerta: não é bem assim. Falta acordo com a Argentina, falta falar com os ministérios do Planejamento, Casa Civil e Relações Exteriores, falta dinheiro e até um cronograma. 
O MÍNIMO
Representantes de tribunais de contas participam hoje de reunião com o ministro Mendonça Filho (Educação) sobre a adoção do Custo Aluno Qualidade. Esse é um indicador que mostra quanto deve ser investido ao ano por aluno em cada etapa da educação básica. O conselheiro do TCE/RS Cezar Miola explica que a ideia é assegurar um padrão mínimo de qualidade. 


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