POLÍTICA LAVA JATOHÁ 12 HORAS
POR NOTÍCIAS AO MINUTO
Os advogados do pecuarista José Carlos Bumlai apresentaram as alegações finais da defesa do réu ao juiz Sérgio Moro; Bumlai é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta na Operação Lava Jato.
No documento de 70 páginas, o empresário diz ter sido "o trouxa perfeito" de que o PT e o banco Schahin precisavam para simular um empréstimo feito em 2004 de R$ 12 milhões, e que ele "sabe ter cometido um grave equívoco, que redundou na acusação que hoje contra ele recai, tem consciência de seus atos e de muitos deles se arrepende", revela o jornal Folha de S. Paulo.
"Ainda que a acusação insista em apontar José Carlos Bumlai como grande 'protagonista' dos fatos narrados (...), o que a instrução comprovou é aquilo que ele mesmo disse em seu interrogatório: foi apenas o 'trouxa', o 'homme de paille', de que o Partido dos Trabalhadores e o banco Schahin precisavam para simular o empréstimo de R$12 milhões de reais. Nada mais do que isso!", diz a defesa.
Bumlai alega o dinheiro do empréstimo foi destinado ao partido e que o grupo Schahin conseguiu selar um contrato com a Petrobras no valor de US$ 1,6 bilhão para a operação de um navio-sonda, em 2009.
A versão do pecuarista é a de que o PT queria o dinheiro do empréstimo para quitar uma dívida relacionada à campanha da Prefeitura de Campinas (SP) e que o grupo Schahin tinha "muito interesse em se aproximar do governo federal e do Partido dos Trabalhadores para se beneficiar de novas 'oportunidades de negócios'". "Nesse contexto, o empréstimo já estava totalmente aprovado e só precisava de um trouxa pra assinar e ficar responsável por ele. E o trouxa escolhido foi José Carlos Bumlai, que, além de ser conhecido de todos os envolvidos, era adimplente e amigo do presidente Lula. Eis o trouxa perfeito!", escrevem os advogados.
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