Foto: Edilson Alves / RBS TV
A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira, o ex-ministro Paulo Bernardo, em Brasília. Mandados de busca e apreensão também estariam sendo cumpridos na casa da senadora Gleisi Hoffmann, em Curitiba, e outro no diretório do PT, em São Paulo — viaturas estão estacionados em frente aos dois endereços.
Batizada de "Custo Brasil", a operação é um desmembramento da 18ª fase daOperação Lava-Jato e cumpre, no total, 65 mandados judiciais em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal. Do total de mandados, 11 são de prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva, quando a pessoa é levada a prestar depoimento.
De acordo com nota divulgada pela PF, há "indícios de que o ministério direcionou a contratação de uma empresa de prestação de serviços de tecnologia e informática para a gestão do crédito consignado na folha de pagamento de funcionários públicos federais com bancos privados", interessados na concessão desse tipo de crédito.
O inquérito foi aberto em dezembro de 2015, após a decisão do Supremo Tribunal Federal de que a documentação recolhida na 18ª fase da Operação Lava Jato, conhecida como Pixuleco 2, fosse encaminhada para investigação em São Paulo.
De acordo com as investigações, 70% dos valores recebidos por essa empresa eram repassados a pessoas ligadas a funcionários públicos ou agentes públicos com influência no Ministério do Planejamento por meio de outros contratos –fictícios ou simulados.
Os investigados responderão, de acordo com suas ações, pelos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de 2 a 12 anos de prisão.
Os presos e o material apreendido serão encaminhados à sede da Polícia Federal em São Paulo. As pessoas conduzidas coercitivamente são ouvidas nas instalações da PF mais próximas dos locais em que forem encontradas.
A Polícia Federal dará uma entrevista, às 11h, no auditório da Superintendência Regional em São Paulo.
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