Acordo nos Estados Unidos envolve 500 mil donos de carros a diesel.
Empresa fraudou emissões de poluentes em veículos.
Um acordo da Volkswagen com cerca de 500 mil donos de carros a diesel nos EUA e reguladores sobre veículos poluentes está avaliado em cerca de 15 bilhões de dólares, disse uma fonte a par do assunto nesta segunda-feira (27).
O acordo, a ser anunciado na terça-feira, inclui mais de 10 bilhões de dólares em oferta de recompra a proprietários de veículos e quase 5 bilhões em fundos de poluentes para compensar as emissões de diesel em excesso e aumentar a produção de veículos de emissão zero, disse a fonte.
O caso, que veio à tona em setembro do ano passado, partiu de denúncias das autoridades dos Estados Unidos, que afirmaram que a empresa manipulava o software de veículos com motores a diesel para falsificar os valores das emissões de poluentes.
A Volkswagen e a agência de proteção ambiental dos Estados Unidos se recusaram a comentar o acordo.
O escândalo resultou em diversos processos na Justiça americana, entre eles ações movidas por consumidores.
Em abril, a agência de notícias Reuters afirmou que a montadora havia fechado um acordo com autoridades americanas, e estimou que os gastos da Volkswagen poderiam chegar aos US$ 10 bilhões.
Outros processos
Além das ações movidas por consumidores, outros processos correm contra a Volkswagen nos EUA, entre eles um por descumprimento de leis ambientais federais, aberto em janeiro último.
Além das ações movidas por consumidores, outros processos correm contra a Volkswagen nos EUA, entre eles um por descumprimento de leis ambientais federais, aberto em janeiro último.
Ele implica penalidades que podem custar à Volkswagen até US$ 48 bilhões, segundo estimativas.
Em março passado foi aberto outro processo, do órgão de defesa dos consumidores, por propaganda enganosa com a mensagem "diesel limpo".
Os acionistas da Volkswagen aprovaram a gestão da empresa em 2015, apesar do escândalo das emissões, durante assembleia anual. A aprovação diz respeito à gestão da direção do grupo em 2015, presidido na época por Martin Winterkorn que renunciou após o escândalo.
Além dos Estados Unidos, a fraude envolve milhões de veículos em todo o mundo, inclusive, no Brasil, onde afetou 17.057 unidades da Amarok.
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