Mesmo sem condições, a doméstica Francinete Souza não consegue deixar um animal desamparado na rua.
Foto: Bobby Fabisak/ JC Imagem
Editoria de Cidades
A vida da doméstica Francinete Souza, 48, mudou quando, há cerca de 3 anos, abriu a porta de sua casa para abrigar animais abandonados. Hoje, 74 cães e gatos dividem o teto com ela, um filho e dois netos. As dificuldades são enormes. Com o estoque de ração chegando ao fim, protetores uniram forças nas redes sociais para dar início a uma campanha de arrecadação de alimentos.
“O que tem deve durar até amanhã (23) de manhã, no máximo”, lamenta a protetora Vilani Holanda, que auxilia os animais. Quando as duas se conheceram, Francinete tinha cinco cachorros e acabado de dar um lar para outros quatro. “Ela não tinha nem banheiro dentro de casa, mas queria ajudar os bichos”, conta Vilani.
Comovida, a protetora, que cuida de 6 cães e 16 gatos em sua própria casa, abraçou a causa de Francinete e promoveu uma reforma na residência. Desde então, um pequeno canil e gatil funcionam no local. A obra custou cerca de R$ 10 mil e foi feita a partir de doações.
Agora, Vilani espera uma corrente do bem para ajudar no sustento dos animais. Funcionária pública aposentada, ela gasta quase tudo o que recebe para alimentar os cães e gatos que moram com Francinete. “Não compro uma blusa pra mim. Devo em várias casas que vendem ração. Mas vou fazer o quê? Deixar morrer de fome?”.
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