Na 3ª, a moeda perdeu 2,61%, a R$ 3,3060; no ano, queda é de 16,2%.
Mercado reagiu a declarações do novo presidente do BC e seguiu exterior.
O dólar opera em queda nesta quarta-feira (29), depois de fechar no menor valor em quase 1 ano na véspera, a R$ 3,3060. Investidores acompanham o bom humor nos mercados externos, em mais um dia marcado por ausência de interferência do Banco Central no câmbio, mesmo após o tombo recente da moeda.
Às 9h40, a moeda norte-americana caía 1,13%, a R$ 3,2685. O dólar atingiu R$ 3,2560 imediatamente após a abertura, na mínima dos negócios do dia, segundo a Reuters. Veja a cotação do dólar hoje.
Acompanhe a cotação ao longo do dia
Às 9h09, queda de 1,29%, a R$ 3,2633
Às 9h09, queda de 1,29%, a R$ 3,2633
O dia é marcado por queda do dólar em relação a várias moedas de países emergentes, mas no Brasil o recuo é mais intenso por fatores internos, como explica Rafael Gonçalves, analista do departamento econômico da Gradual Investimentos.
"Hoje em especial o dólar cai forte contra o real, e o primeiro motivo é a sinalização do Ilan Goldfajn ontem de que o BC não está disposto a usar as ferramentas cambiais que a diretoria antiga vinha usando", disse em entrevista aoG1, referindo-se à ausência de interferência do BC no câmbio nos últimos dias. Entenda como funciona isso e veja o histórico aqui.
"Além disso, o mercado agora vai tentar descobrir qual o câmbio que o BC vislumbra como ideal. Então tem uma questão de teste para saber se o BC mostra alguma sinalização de que o câmbio está num patamar ajustado”, diz Gonçalves.
Outro motivo apontado pelo analista é a expectativa de que os juros no Brasil devem demorar mais que o esperado para voltar a cair. Com juros mais altos, o país se torna mais atraente para investidores, o que motiva uma entrada de dólares no Brasil. Com mais dólares em circulação, o valor da moeda tende a cair em relação ao real. “O mercado imaginava que os juros iriam cair por volta de agosto. Depois do discurso do Ilan ontem, a projeção passou para outubro ou novembro”, afirma Gonçalves.
"Além disso, o mercado agora vai tentar descobrir qual o câmbio que o BC vislumbra como ideal. Então tem uma questão de teste para saber se o BC mostra alguma sinalização de que o câmbio está num patamar ajustado”, diz Gonçalves.
Outro motivo apontado pelo analista é a expectativa de que os juros no Brasil devem demorar mais que o esperado para voltar a cair. Com juros mais altos, o país se torna mais atraente para investidores, o que motiva uma entrada de dólares no Brasil. Com mais dólares em circulação, o valor da moeda tende a cair em relação ao real. “O mercado imaginava que os juros iriam cair por volta de agosto. Depois do discurso do Ilan ontem, a projeção passou para outubro ou novembro”, afirma Gonçalves.
Último fechamento
O dólar fechou em forte queda nesta terça-feira (28), cotado a R$ 3,30 pela primeira vez em quase um ano. A moeda norte-americana caiu 2,61%, a R$ 3,3060 na venda.
A última vez que o dólar fechou abaixo de R$ 3,30 foi em 23 de julho de 2015.
O recuo da moeda dos Estados Unidos acompanhou a recuperação dos mercados pelo mundo, depois de dois dias de mau humor com a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia (UE). O mercado também reagiu a declarações do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e àperspectiva de que os juros não devem cair tão cedo no Brasil.
No mês de junho, o dólar acumula queda de 8,47%. No ano de 2016, a moeda tem desvalorização de 16,2%.
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