Taxa do cheque especial subiu para 311% ao ano, maior desde 1994.
Já o juro do cartão de crédito rotativo avançou para mais de 470% ao ano.
Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cheque especial e com cartão de crédito rotativo avançaram em maio deste ano e voltaram a bater recorde histórico, segundo números divuglados nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central.
No caso do cheque especial, os juros subiram de 308,7% em abril para 311,3% ao ano em maio – a maior taxa desde o início da série histórica, em julho de 1994, ou seja, em quase 22 anos.
Na parcial deste ano, a taxa subiu 24,3 pontos percentuais e, em 12 meses até maio, 79,3 pontos percentuais.
Cartão
Se a taxa de juros é alta para o cheque especial, ela pode ser considerada proibitiva para o cartão de crédito rotativo. Segundo o Banco Central, os juros médios cobrados pelos bancos nestas operações ficaram em 471,3% ao ano em maio, contra 452,4% ao ano em abril.
Se a taxa de juros é alta para o cheque especial, ela pode ser considerada proibitiva para o cartão de crédito rotativo. Segundo o Banco Central, os juros médios cobrados pelos bancos nestas operações ficaram em 471,3% ao ano em maio, contra 452,4% ao ano em abril.
Trata-se da modalidade de crédito mais cara do mercado.
No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, houve um aumento de 39,9 pontos percentuais nos juros do cartão de crédito rotativo e, em doze meses até maio, uma alta de expressivos 111 pontos percentuais.
Os juros do cartão de crédito rotativo e do cheque especial estão entre os mais altos do mercado. Esses empréstimos, alertam os especialistas, só devem ser utilizados em momentos de emergência e por um prazo curto. A recomendação de economistas é que os clientes bancários paguem toda a sua fatura do cartão no vencimento, não deixando saldo devedor.
Consignado, pessoal e veículos
No caso das operações de crédito pessoal para pessoas físicas (sem contar o consignado), a taxa média de juros cobrada pelos bancos somou 129,9% ao ano em maio, contra 130,8% em abril.
No caso das operações de crédito pessoal para pessoas físicas (sem contar o consignado), a taxa média de juros cobrada pelos bancos somou 129,9% ao ano em maio, contra 130,8% em abril.
Nesse caso, houve uma queda de 0,9 ponto percentual em maio, mas, no ano, ocorreu um aumento de 12,2 pontos percentuais.
Ainda segundo o BC, a taxa média de juros cobrada pelas instituições financeiras nas operações do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) somou 29,6% ao ano em maio – o que representa uma queda de 0,1 ponto percentual em relação a abril (29,7% ao ano).
No ano, a taxa para o consignado subiu 3,5 pontos percentuais e, em doze meses, 5,5 pontos percentuais.
Segundo o BC, a taxa média de juros para aquisição de veículos por pessoas físicas, por sua vez, somou 26,3% ao ano em maio, contra 26,8% ao ano em abril. Neste caso, houve uma queda de 0,5 ponto percentual no mês passado e uma alta de 1,5 ponto percentual em doze meses.
Taxas de juros no Brasil
Reportagem publicada pelo jornal norte-americano “The New York Times”, no fim de 2014, informou que os juros praticados em algumas linhas de crédito no Brasil “fariam um agiota americano sentir vergonha”, citando os cartões de crédito.
Reportagem publicada pelo jornal norte-americano “The New York Times”, no fim de 2014, informou que os juros praticados em algumas linhas de crédito no Brasil “fariam um agiota americano sentir vergonha”, citando os cartões de crédito.
Estudo da consultoria Economática, divulgado em março de 2016, informa que a mediana da Rentabilidade sobre o Patrimônio (ROE) de todos os bancos brasileiros de capital aberto no ano de 2015 foi de 10,78%, contra 7,92% dos bancos dos Estados Unidos.
Quando se considera apenas os bancos com ativos acima de US$ 100 bilhões (Itau-Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Santander), a mediana da rentabilidade sobre o patrimônio dos bancos brasileiros foi maior ainda: de 20,06% em 2015.
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