terça-feira, 1 de março de 2016

Em testamento, Bin Laden deixou US$ 29 milhões para a 'guerra santa' Documentos secretos do terrorista foram divulgados pelo governo dos EUA. Bin Laden deixou carta à família falando de dinheiro guardado no Sudão.

O terrorista Osama bin Laden em foto não datada (Foto: AP)O terrorista Osama bin Laden em foto não datada (Foto: AP)
Osama bin Laden deixou para sua família US$ 29 milhões (cerca de R$ 114 milhões) reservados para dar continuidade à guerra santa, conforme aparece no testamento do líder da Al Qaeda, tornado público pelo governo dos Estados Unidos nesta terça-feira (1).
"Espero que meus irmãos, irmãs e tias maternas obedeçam minha vontade e gastem todo o dinheiro que deixei no Sudão para a jihad (guerra santa), pelo bem de Alá", pediu Bin Laden no documento, encontrado no complexo paquistanês onde as forças dos EUA o mataram em maio de 2011.
"Sobre o dinheiro que há no Sudão, é ao redor de US$ 29 milhões", escreveu à mão o terrorista, que viveu no país africano durante alguns anos, após ter brigado com a monarquia saudita e antes de se mudar para o Afeganistão, onde recebeu proteção da milícia talibã.
Documento secreto
O testamento de Bin Laden e outros documentos, até agora secretos, foram divulgados hoje a pedido do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que quer aumentar a transparência em questões relacionadas com a segurança nacional, segundo um comunicado do Escritório do Diretor Nacional de Inteligência (ODNI).
O material contém 113 documentos, em sua maioria cartas trocadas por Bin Laden com outros líderes da organização terrorista.
Além disso, no complexo da cidade paquistanesa de Abbottabad, onde Bin Laden se escondia, também foram encontrados documentos nos quais o chefe da Al Qaeda preparava um plano para realizar uma campanha midiática. A ideia era aproveitar a proximidade do décimo aniversário dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA.
Esta é a segunda vez que o governo americano publica documentos achados no esconderijo de Bin Laden em Abbottabad. Na entrega anterior, em maio de 2015, o ODNI revelou 103 documentos, entre eles parte da biblioteca e cartas pessoais do líder, que estava recluso desde 2006 no Paquistão.

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