Soldados e policiais patrulham as imediações do aeroporto de Zaventem em Bruxelas. L. DUBRULE EFE
A promotoria belga informou neste sábado a acusação do quarto autor doatentado de Bruxelas, identificado como Fayçal C., preso na quinta-feira passada em uma operação policial. Ele é acusado de ser o chefe de um comando terrorista, supostamente o que matou 31 pessoas e deixou mais de 300 feridos na terça-feira na capital belga. Essa pessoa é, segundo informam vários veículos de imprensa belgas, o "homem de chapéu" que aparece nas imagens captadas por uma das câmaras de segurança do aeroporto de Zaventem, um homem que teria fugido depois de abandonar uma mala.
No comunicado divulgado neste sábado, a promotoria informa sobre a prorrogação – por mais 24 horas – do período de detenção de Abderamane A., capturado pela polícia na sexta-feira em uma parada de bonde no bairro de Schaerbeek (nordeste de Bruxelas).Fayçal C. foi detido em uma megaoperação realizada em vários pontos da capital belga e deverá responder perante o tribunal dos crimes de homicídio por terrorismo, tentativa de homicídio por terrorismo e participação em grupo terrorista.
De volta à normalidade, mas ainda muito relativa. O aeroporto de Bruxelas permanecerá fechado pelo menos até a próxima terça-feira, conforme informou no sábado o consórcio que o administra. Zaventem é um dos aeroportos mais movimentados da Europa, com mais de 20 milhões de passageiros por ano, e sofreu, na terça-feira, um dos ataques suicidas que deixaram 31 mortos e quase 300 feridos na capital belga. A investigação judicial terminou, mas as autoridades belgas mantêm um pequeno grupo de engenheiros e técnicos para avaliar os danos. Além disso, é preciso adaptar a instalação àsnovas medidas de segurança, com uma forte presencia policial e militar e controles ainda mais frequentes. Apesar de o país não estar mais em alerta máximo, o Governo belga pretende adotar um dispositivo especial em determinadas instalações.
Só na sexta-feira, 24 dos 71 voos programados da Espanha para o aeroporto internacional de Bruxelas foram cancelados, conforme informaram fontes da AENA (Aeroportos Espanhóis e Navegação Aérea) à Europa Press. Outros 34 voos foram desprogramados e 11 transferidos para outros aeroportos belgas, sobre tudo o de Liège. No fim da tarde de sexta-feira, o gestor aeroportuário não tinha fornecido informação sobre os dois restantes.
Em paralelo, continuam as operações policiais relacionadas aos atentados. A investigação dos ataques avança com novas detenções, que expuseram aconexão jihadista entre o 13 de novembro de Paris e o 22 de março de Bruxelas, enquanto se vai revelando a identidade das vítimas. Na manhã de sábado, especialistas em explosivos desativaram um pacote suspeito em uma área comercial do sul de Bruxelas, no distrito de Uccle. Como na sexta-feira à tarde em Schaerbeek (nordeste da capital belga), era um alarme falso.
Segurança reforçada
A direção do aeroporto internacional de Zaventem explica também que começou os preparativos para retomar os voos comerciais e implementar as novas medidas de segurança que o Governo belga impôs a esse tipo de instalações, ou seja, uma forte presença militar e policial.
Em todos os aeródromos do país haverá controles nos acessos com presença de cães especializados na detecção de explosivos. A Polícia Federal e os agentes de segurança continuarão efetuando controles rigorosos de identidade na área de acesso ao aeroporto.
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