Celina Leão (PPS), Raimundo Ribeiro (PPS) e Chico Vigilante (PT) trocaram gentilezas em plenário e deixaram de votar pauta com 166 itens
Como se o Distrito Federal não estivesse em crise, os deputados distritais pararam a sessão desta terça-feira (22/3) para discutir a situação política nacional. Assim, 166 itens que estavam na pauta não foram votados, por exemplo, a isenção de taxa de renovação da Carteira de motorista. A presidente da Casa, Celina Leão (PPS), e o petista Chico Vigilante bateram boca ao melhor estilo “coxinha versus mortadela”.
Durante o debate entre os distritais que apoiam o cancelamento da posse do ex-presidente Lula na Casa Civil, bem como a sua prisão, o clima esquentou, quando o petista Chico Vigilante cobrou o cumprimento do tempo regimental de três minutos para cada parlamentar. Celina Leão, que havia falada por quase dez minutos, rebateu.
“Isso se chama democracia. Coisa que o PT até hoje não entendeu. Vou falar quantas vezes eu quiser”, desafiou. Em seguida, a discussão descambou para o conflito de gênero. “Se comporte como um homem e veja como lida com uma mulher”, emendou Celina.
O colega de legenda Raimundo Ribeiro veio em socorro de Celina. “Sabe por que o senhor está questionando o tempo regimental? Porque no conteúdo vossa excelência não tem como questionar”, desferiu Ribeiro. “Diga por que o Ministério Público Federal chamou ele de ladrão?”, ironizou, referindo-se ao ex-presidente Lula.
Nesse momento, o discurso de Ribeiro foi sufocado pelos gritos de Vigilante que o chamou de mentiroso. “Vossa excelência está mentindo”, repetia Chico. “Ah, vá cuidar do Aécio”, emendou o petista, referindo-se ao senador tucano Aécio Neves, que perdeu a disputa presidencial para Dilma Rousseff em 2014.
Mais polido e com o regimento embaixo do braço, o professor Reginaldo Veras (PDT) cobrou o cumprimento da pauta aos colegas distritais. “Esse debate pouco me interessa. Me interessa como cidadão, mas não neste plenário”, retrucou ele. E recomendou que Celina, Chico e Ribeiro se reunissem lá fora para debater o assunto da agente nacional.
Gafe
Mas nem só de clima quente viveu o plenário desta terça (22). Houve espaço também para gafe do deputado Ricardo Vale (PT). Ao tentar dividir a corrupção que tem desgastado a legenda da qual faz parte a cada fase da Operação Lava-Jato, o petista arrancou gargalhadas de todos do plenário enquanto discursava.
Mas nem só de clima quente viveu o plenário desta terça (22). Houve espaço também para gafe do deputado Ricardo Vale (PT). Ao tentar dividir a corrupção que tem desgastado a legenda da qual faz parte a cada fase da Operação Lava-Jato, o petista arrancou gargalhadas de todos do plenário enquanto discursava.
“Neste momento, o Ministério Público acabou de propor uma ação de improbidade administrativa contra o presidente do PPS – partido de Celina Leão – no Paraná, Rubens Bueno, por R$ 11 milhões de viados”. Ricardo se corrigiu logo, dizendo que, na verdade, foram supostamente desviados R$ 11 milhões dos cofres públicos pelo deputado federal paranaense. Mas as gargalhadas não puderam ser evitadas.
Depois de tons elevados, bate-boca e risadas, a sessão foi encerrada por volta das 18h. A pauta foi mais uma vez adiada.
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