quarta-feira, 30 de março de 2016

Sete pessoas são presas por suspeita de fraude na merenda escolar de SP

Edição do dia 29/03/2016
29/03/2016 14h30 - Atualizado em 29/03/2016 14h35

Prisões aconteceram em cinco cidade de São Paulo.

Eles são suspeitos de fazer parte de esquema de fraude em licitações.

Walace LaraSão Paulo

Sete pessoas foram presas, nesta terça-feira (29), em cinco cidades do estado de São Paulo. Elas são suspeitas de fazerem parte de um esquema que fraudava licitações para comprar merenda escolar superfaturada. Os mandados de prisão foram expedidos pela Justiça de Bebedouro, onde as investigações de fraude na merenda começaram.
Entre os sete presos estão Leonel Julio, que já foi presidente da Assembleia Legislativa Paulista pelo antigo MDB e foi cassado em 1976, acusado de fazer viagens ao exterior e comprar canetas, chaveiros, perfumes e calcinhas com dinheiro da Assembleia.
Os outros presos são Sebastião Miziara, presidente da União de Vereadores do Estado de São Paulo; o ex-vendedor da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), Emerson Girardi; o servidor público estadual Carlos Eduardo da Silva; Aluísio Girardi Cardoso; Joaquim Geraldo Pereira da Silva; e Luis Carlos da Silva Santos. Marcel Julio, filho de Leonel Julio, considerado um dos mentores do esquema, está foragido. 
O Ministério Público começou as investigações no ano passado. Segundo os promotores, uma cooperativa familiar que vendia produtos da merenda escolar a várias cidades de São Paulo superfaturava os preços. O MP diz que em vez de comprar diretamente do pequeno produtor rural, a cooperativa comprava de grandes fornecedores, por um preço maior e cobrava ainda mais quando ia vender para as prefeituras.
Para conseguir os contratos, a cooperativa pagava propinas a funcionários públicos e políticos para que licitações fossem fraudadas em benefício da cooperativa. Vinte e duas prefeituras do estado estão sendo investigadas.
O presidente da cooperativa, Cássio Chebabi, foi preso e aceitou fazer um acordo de delação premiada com a Justiça. Ele confirmou o pagamento de propina de 5% a 25%. Em depoimento, disse que Marcel informou que teriam como celebrar contrato com o governo do estado. Para isso, teria que ser paga a comissão de 10% para certas autoridades, entre elas, o atual presidente da Assembleia de São Paulo, Fernando Capez, do PSDB. Outra autoridade citada foi o deputado federal Duarte Nogueira Júnior, também do PSDB, que foi secretário de Agricultura do governo de São Paulo.
O deputado Fernando Capez está sendo investigado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que já decretou a quebra de sigilo bancário dele e dos dois ex-assessores do governo Alckmin.
Na operação desta terça-feira (29) foram apreendidos documentos, computadores e celulares, inclusive de parentes. Os suspeitos passaram pelo DHPP e fizeram exame de corpo de delito no IML. De lá, seguem para Bebedouro.

Coletiva
Na manhã desta terça-feira, promotores que investigam o caso da fraude na merenda escolar deram entrevista coletiva, em Bebedouro. Eles disseram que vão oferecer acordo de delação para todos os presos. O Ministério Público disse que já foi comprovada a fraude em, pelo menos, 16 cidades

Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira
Roubar crianças carentes a que ponto esses caras chegaram?

“Provérbios 12,34. A Justiça faz a grande a Nação, o pecado é a vergonha dos povos.”

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