sexta-feira, 30 de outubro de 2015

BC do Japão mantém política monetária apesar de cenário externo e inflação estagnada Autoridade monetária deve continuar sob pressão para expandir seu imenso programa de compra de títulos

Sede do banco central do Japão, em Tóquio
Sede do banco central do Japão, em Tóquio
Foto: Reuters
TÓQUIO - O Banco do Japão, banco central do país, decidiu não ampliar nesta sexta-feira seu maciço programa de estímulos, preferindo preservar suas opções diante de esperanças de que a economia consiga superar os ventos contrários vindos da desaceleração da China sem apoio monetário adicional.
Mas o banco central deve continuar sob pressão para expandir seu imenso programa de compra de títulos em um momento em que custos de energia em queda, exportações fracas e a frágil recuperação dos gastos das famílias mantém a inflação bem abaixo da meta de 2 por cento.
Em seu relatório de perspectivas, publicado duas vezes por ano, o banco central cortou previsões sobre inflação previamente otimistas e postergou em cerca de seis meses seu cronograma para atingir a meta de inflação de 2 por cento.
O relatório também advertiu que ventos contrários no exterior, como a desaceleração da China e demanda fraca em mercados emergentes, representam riscos fortes à perspectiva econômica japonesa.
No entanto, o presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, manteve seu otimismo de que a economia vai sustentar uma retomada modesta, à medida que as exportações e a produção se recuperem.
"O cronograma para atingir a meta de preços foi postergado mas isso se deve largamente ao efeito da queda dos preços de energia", disse Kuroda em entrevista coletiva.
"A tendência de preços está melhorando gradualmente e é provável que a inflação caminhe em direção a 2 por cento conforme o efeito da queda dos preços do petróleo se dissipe", acrescentou.
Reuters

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