Oito policiais e 14 membros de um grupo armado, supostamente de origem albanesa, foram mortos em confrontos no sábado (9) e no domingo (10) no norte da Macedônia, perto da fronteira com o Kosovo - informou a polícia.
Os confrontos também deixaram 37 feridos entre os agentes, de acordo com um porta-voz das forças de segurança, Ivo Kotevski.
Os agressores eram parte de um "grupo terrorista perigoso" e já havia mandados de captura internacionais contra eles, explicou o porta-voz.
"O grupo terrorista foi desmantelado. A operação chega ao fim", afirmou Kotevski, que disse que a polícia encontrou uma grande quantidade de armas no lugar.
De acordo com o porta-voz da polícia, mais de 30 pessoas participaram do ataque, a maioria cidadãos da Macedônia, embora o grupo também contasse com cinco kosovares e um albanês, todos supostamente de origem albanesa.
Trocas de tiros entre a polícia e os atacantes começaram na madrugada de sábado, em Kumanovo, cerca de 40 quilômetros ao norte da capital Skopje.
Os homens armados haviam se entrincheirado em um bairro muçulmano albanês da cidade, onde as tropas de elite e a polícia macedônia conseguiram encurralá-los.
Dezenas de pessoas, incluindo idosos, mulheres e crianças, fugiram da área no sábado, e no domingo as ruas da cidade estavam quase desertas.
Macedônia, país de 2,1 milhões de habitantes de maioria eslava e cristã ortodoxa, a minoria albanesa muçulmana representa um quarto da população. Estes confrontos levantaram os temores de que seja retomado o conflito que opôs as autoridades locais e rebeldes de etnia albanesa, que exigia mais direitos, em 2001.
Neste domingo (10) foram realizados os funerais dos policiais mortos macedônios abatidos. Em Tetovo, cidade de maioria albanesa, dezenas de pessoas caminharam em silêncio até o cemitério, seguindo o caixão do oficial Sasho Samoilovski, de acordo com o costume dos eslavos cristãos ortodoxos.
O governo macedônio declarou dois dias de luto nacional.
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