O líder do PT, deputado Sibá Machado (AC), disse que o partido não fechará mais acordos para a votação da reforma política. O motivo é a decisão anunciada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de retomar o tema do financiamento empresarial a campanhas eleitorais.
Sibá Machado não esclareceu, no entanto, se o PT passará a obstruir os trabalhos. "Vamos mediar com os partidos um a um sobre os temas. Discordamos de qualquer forma de devolver o que já foi votado", disse.
O líder do PT lembrou que o financiamento empresarial já foi rejeitado ontem, quando o Plenário não aprovou a emenda que incluía na Constituição as doações de empresas a candidatos. "Entendemos que houve manifestação da Casa de que o financiamento por empresas foi rejeitado. Qualquer outro tema que traga isso de volta é matéria vencida", disse.
A nova votação também foi criticada pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). "O PCdoB não concorda em reabrir o debate sobre financiamento empresarial", disse
Novas emendas
As declarações dos líderes do PT e do PCdoB foram uma reação à decisão do presidente da Câmara de colocar em votação novas emendas aglutinativas ou o texto do relator sobre o financiamento, com a autorização para doação de empresas a partidos.
A decisão causou polêmica porque, ontem, antes da derrota da emenda sobre financiamento empresarial de partidos e candidatos, o presidente disse que o texto-base do relator não iria a voto.
Cunha disse que ontem fez um "comentário talvez equivocado" e que o regimento obriga a votação do texto-base se nenhuma emenda for aprovada antes ou de outras emendas aglutinativas apresentadas. "A Presidência não está descumprindo acordo feito com os líderes. Na medida em que nenhuma emenda for aprovada, não restará outra alternativa que submeter a voto o texto do relatório", disse.
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