Por Darya Korsunskaya
MOSCOU (Reuters) - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou nesta quinta-feira os Estados Unidos de interferência fora de sua jurisdição na operação que resultou na prisão de dirigentes da Fifa.
Putin disse que as prisões realizadas na Suíça na quarta-feira foram uma "tentativa óbvia" de tentar impedir a reeleição do presidente da Fifa, Joseph Blatter, de 79 anos, apoiado pela Rússia.
O esporte mais popular do mundo sofreu uma turbulência nesta semana quando sete dirigentes da Fifa, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin, foram presos sob acusações norte-americanas de corrupção, e enfrentam extradição. Autoridades suíças também anunciaram uma investigação criminal na escolha das sedes das próximas duas Copas do Mundo, incluindo o torneio de 2018 na Rússia.
"Se algo aconteceu, não aconteceu em território norte-americano e os Estados Unidos não têm nada a ver com isso", disse Putin. "Esta é outra tentativa descarada (dos Estados Unidos) de estenderem sua jurisdição para outros países", acrescentou.
Citando o ex-prestador de serviço de agência de inteligência dos EUA Edward Snowden e o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, ambos se escondendo no exterior da Justiça norte-americana, Putin questionou o direito de Washington em pedir a extradição de autoridades da Fifa.
"Infelizmente, nossos parceiros norte-americanos usam tais métodos para alcançar seus objetivos egoístas e perseguir pessoas ilegalmente. Eu não descarto que no caso da Fifa, é a mesma coisa", disse Putin.
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