Às vésperas de ganhar mais do que a presidente Dilma Rousseff (PT), o prefeito de Sertãozinho(SP), José Alberto Gimenez (PSDB), anunciou publicamente que abrirá mão do reajuste de 7,6% previsto para ser válido a partir de 1º de junho.
Apesar de criticar a imprensa e alegar "sensacionalismo" na cobertura do tema, o chefe do Executivo confirmou nesta sexta-feira (29) que enviará um projeto de lei à Câmara suspendendo exclusivamente o aumento na remuneração dele e do vice-prefeito.
Depois de uma greve de servidores no município, Gimenez estabeleceu o reajuste salarial para todos os funcionários públicos em projeto que foi encaminhado e aprovado pelo Legislativo no dia 18.
Com a medida, o prefeito passaria a ter subsídio mensal de R$ 30.988, enquanto Dilma ganha R$ 30.934. Especialistas consultados pelo G1 disseram que a elevação, embora sustentada pela lei, é imoral, levando-se em conta a crise financeira enfrentada por Sertãozinho.
Assim, ele permanecerá ganhando R$ 28,8 mil, valor bruto que é resultante de reajustes anteriores à sua entrada na gestão municipal, e que ainda é superior ao pago ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).Em um comunicado, o mandatário discordou da comparação feita com a remuneração da presidente da República e citou uma série de medidas de austeridade econômica, mas confirmou que abrirá mão do recente reajuste - o mesmo não vale para o restante dos servidores.
“Agora sim, mais aliviado, após esses esclarecimentos a você, e sabendo do momento da economia de nossa cidade, com muito desemprego, informo que já abri mão do aumento legal por lei de 7.6% - que foi dado a todos os funcionários públicos -, e assim o farei, abdicando desse aumento (correção da inflação). Aproveito para informar que, estarei encaminhando à Câmara Municipal um projeto de lei, cancelando o último reajuste dos subsídios do Prefeito Municipal e do Vice-prefeito”, disse, sem informar um prazo para a medida.
Reajuste segue Lei Orgânica, diz prefeito
Em seu esclarecimento público, José Alberto Gimenez lamentou a cobertura jornalística sobre o caso, alegando que a imprensa só busca "matérias que visam manchar" o município e que o assunto foi conduzido de maneira desrespeitosa nas redes sociais por pessoas politicamente contrárias a ele. "Quando assumimos, fizemos mudanças, cortes e isso, evidentemente, não agradou algumas pessoas", afirmou.
Em seu esclarecimento público, José Alberto Gimenez lamentou a cobertura jornalística sobre o caso, alegando que a imprensa só busca "matérias que visam manchar" o município e que o assunto foi conduzido de maneira desrespeitosa nas redes sociais por pessoas politicamente contrárias a ele. "Quando assumimos, fizemos mudanças, cortes e isso, evidentemente, não agradou algumas pessoas", afirmou.
Também disse que a remuneração dos agentes políticos é definida pela Câmara antes das eleições e que esta, segundo a Lei Orgânica do município, será reajustada anualmente, no mesmo índice do reajuste do funcionário público. "Desde 1997 (há 18 anos), a remuneração do prefeito somente foi corrigida conforme a Lei Orgânica."
Gimenez afirmou que seu subsídio, diferente de um salário, não inclui por exemplo férias remuneradas, 13º salário e fundo de garantia e totaliza R$ 21.395,87 se descontados Imposto de Renda e INSS. Ele também alega que a comparação salarial em relação ao que ganha a presidente o governador de SP é um "artifício jornalístico, para criar sensacionalismo na matéria" e cita que, diferente desses, não tem direito a benefícios como moradia, alimentação e transporte.
Austeridade econômica
O prefeito falou de medidas à frente da Prefeitura para evidenciar economia de gastos, dentre elas a abdicação do uso da Guarda Civil Municipal para sua segurança - feita segundo Gimenez por outros profissionais pagos por ele -, a utilização do carro oficial somente durante o expediente e a prática de ir e voltar no mesmo dia, para poupar diárias em hoteis, quando viaja para São Paulo e Brasília.
O prefeito falou de medidas à frente da Prefeitura para evidenciar economia de gastos, dentre elas a abdicação do uso da Guarda Civil Municipal para sua segurança - feita segundo Gimenez por outros profissionais pagos por ele -, a utilização do carro oficial somente durante o expediente e a prática de ir e voltar no mesmo dia, para poupar diárias em hoteis, quando viaja para São Paulo e Brasília.
"A Administração Municipal conta com, aproximadamente, 3200 funcionários, que se dedicam em vários setores, oferecendo à população um serviço de boa qualidade. Nossa austeridade com o dinheiro público, pagando as dívidas da gestão anterior, na casa dos R$ 27 milhões, e fazendo ajustes, nos possibilitou um dinheiro em caixa. Estamos conseguindo realizar obras importantes em Sertãozinho e no nosso Distrito, e as nossas contas estão em dia", afirmou.
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